Viúva de Marielle pede proteção internacional
Mônica Benício afirma estar sofrendo ameaças e perseguições nos últimos 4 meses
Mônica Benício, companheira da vereadora Marielle Franco (PSOL), que foi assassinada há quase cinco meses no Rio de Janeiro, afirmou estar sofrendo episódios frequentes de ameaça e perseguições de carros à noite.
Por conta disso, a arquiteta recorreu a proteção internacional da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), instituição vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).
A caso foi revelado pelo O Globo e, em entrevista, Mônica afirmou que foi seguida por um carro branco duas vezes no mesmo dia, perto de sua casa, cerca de dois meses atrás.
Outro episódio mencionado por Mônica foi quando ela sofreu uma ameaça durante o dia. “Eu passei por um homem que me disse, aceita que ela morreu e cuidado porque está falando demais, a próxima pode ser você”, afirmou.
“Essas ameças foram feitas de uma conjuntura nos últimos 4 meses e foram de diversas formas, tanto feitas presencialmente, como feitas pela Internet. Eu entrei com esse pedido com a OEA depois de ter apresentado o caso da Marielle com eles, tendo a intenção de internacionalizar o caso, onde tinha sido instruída pela própria direção que deveria procurar uma medida de segurança porque eles me entendiam em risco. A minha questão hoje é: o caso da Marielle não será mais um caso inviabilizado”, disse.
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Entenda o caso
A vereadora Marielle Franco foi assassinada a tiros no dia 14 de março, na região central do Rio de Janeiro, enquanto voltava para casa depois de participar do evento “Jovens Negras Movendo Estruturas”. Além da vereadora, o motorista do carro em que a vereadora estava, Anderson Pedro Gomes, também acabou sendo baleado e morto.
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