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Vítima de anestesista quer processar hospital. Entenda

Paciente foi a primeira das três mulheres atendidas por Giovanni Quintella Bezerra na segunda-feira (11)

Por Raíssa Basílio
15 jul 2022, 11h51
O estuprador Giovanni Quintella Bezerra.
O estuprador Giovanni Quintella Bezerra.  (Reprodução/Reprodução)
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O caso do anestesista Giovanni Quintella Bezerra segue causando revolta. Com as investigações de mais 30 possíveis vítimas, uma das pacientes que foi atendida pelo médico quer processar o Hospital da Mulher Heloneida Studart, na Baixada Fluminense, por não ter interrompido o abuso sexual.

Bezerra foi pego em vídeo estuprando uma gestante, mas ela foi a terceira pessoa que ele sedou no dia. Na quinta-feira (14), uma das mulheres – a primeira a ser atendida pela equipe médica – prestou depoimento na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) e questionou o comportamento da instituição com o crime ocorrido. 

“Eles sabiam que tinha um abuso. É muito forte você querer gravar uma pessoa para pegar um ato libidinoso se você está realmente percebendo que tem um ato libidinoso”,  o advogado da paciente, Joabs Sobrinho, na delegacia, segundo as informações da Folha“Eu entendo a negligência do hospital, porque deixaram mais duas vítimas passarem pelo mesmo abuso só por causa de uma filmagem”, completou o advogado. 

Segundo o advogado, além do estupro por meio do sexo oral, sua cliente de 30 anos também suspeita de estupro vaginal. Ela diz se lembrar de seu corpo “se movimentando”, segundo ele, mas estava muito sedada. Outro ponto questionado por ambos é a falta de apoio do hospital. De acordo com a possível vítima, ela só soube da suspeita de estupro por meio da delegada Barbara Lomba, que investiga o caso. O hospital não teria a procurado em nenhum momento.

O que diz o hospital

Na noite da quinta-feira (14), a Folha procurou o Hospital da Mulher Heloneida Studart para comentar as falas do advogado, mas não obteve resposta. O único comentário da instituição veio de uma nota divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde, na tarde de ontem.

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“Tanto a denúncia como as imagens que comprovam o crime foram feitas por profissionais do próprio hospital, que suspeitaram da conduta do médico […]. Após a equipe ter verificado o conteúdo da filmagem, o anestesista não participou de nenhum outro procedimento”.

Os investigadores do Rio de Janeiro ainda aguardam depoimentos de mais duas de seis mulheres que estão tendo seus casos apurados. “A própria voz da vítima já é válida em casos de estupro, imagina uma equipe médica dizendo que um outro médico está abusando de uma paciente“, argumenta o advogado, que defende que os outros profissionais deveriam ter comunicado os superiores.

 

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