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Jovens marroquinas são presas após serem fotografadas aos beijos

Saana, de 16 anos, e Hajar, de 17 anos, foram denunciadas pela mãe de uma delas. Entidades de direitos humanos lutam pela liberdade das duas.

Por Da Redação
Atualizado em 12 jan 2017, 19h16 - Publicado em 7 nov 2016, 11h27

Duas meninas de 16 e 17 anos – identificadas como Sanaa e Hajar – estavam se beijando em um telhado e foram flagradas pelo primo de uma delas, que registrou tudo em fotos e encaminhou a familiares. Agora, elas podem ser condenadas a três anos de prisão. As adolescentes trocavam carícias na cidade de Marraquexe, no Marrocos, e a homossexualidade é considerada crime no país. Ao ver as imagens, a mãe de uma delas chamou a polícia e ambas foram presas imediatamente.

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Apesar de serem menores de idade, as duas estão em uma prisão de adultos – ao invés de um centro de detenção juvenil –, o que está deixando os defensores dos direitos humanos ainda mais inconformados com a situação. As informações foram dadas pela vice-presidente da Associação Marroquina de Direitos Humanos, Larbi Elhabbache, ao Washington Post. As duas estão sendo acusadas de “atos ilícitos ou não naturais com um indivíduo do mesmo sexo”, pelo artigo 489 do código penal marroquino – se condenadas, elas podem ficar presas de seis meses a três anos.

Desde a semana passada, a hashtag #freethegirls (liberte as meninas, em português) tomou conta do Twitter como uma campanha para que as adolescentes sejam libertadas. Os usuários do microblog defendem que a dupla não deve ser punida por um ato de amor, enquanto tantos criminosos violentos estão soltos por aí. O julgamento que deveria ter ocorrido na sexta-feira (04) foi adiado para o dia 25 de novembro. A Associação Marroquina de Direitos Humanos disponibilizou um advogado para defender Sanaa e Hajar.

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“O fato de que duas adolescentes poderem enfrentar uma pena de prisão por abraçar ou beijar um ao outro é terrível. Ninguém deve ser preso devido sua orientação sexual percebida ou atividade sexual consensual”, disse Heba Morayef, diretora-adjunta de Pesquisa no escritório da Anistia Internacional no Norte da África ao iNews, condenando a situação, “em vez de colocar essas jovens em julgamento, as autoridades marroquinas deveriam harmonizar sua legislação com os padrões internacionais de direitos humanos e trabalhar para garantir o fim da discriminação generalizada do país contra pessoas com base na sua orientação sexual ou identidade de gênero real ou percebida.”

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