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João de Deus é acusado de abuso sexual durante atendimentos espirituais

O médium nega as acusações

Por Da Redação
8 dez 2018, 11h13
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  • O médium João de Deus foi acusado por dez mulheres de abusos sexuais durante atendimentos espirituais. As violências teriam ocorrido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, Goiás. Os relatos foram feitos ao programa Conversa com Bial, da Rede Globo, na última sexta-feira (7).

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    Zahira Leeneke Maus, uma coreógrafa holandesa, foi a única das mulheres que aceitou ser identificada. Ela contou que conheceu o centro em 2014 quando buscava a cura espiritual para traumas relacionados a abusos sexuais.

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    Segundo ela, ao ouvir os relatos de outras mulheres, percebeu que havia um sistema que terminava na violência sexual. O médium dizia durante os atendimentos em grupo que elas deveriam procurá-lo em sua sala para receber uma cura. Sozinhas com João de Deus, elas eram abusadas.

    Uma das entrevistadas disse que o  médium as fazia tocar no pênis dele. “Pegava na minha mão para eu pegar no pênis dele. (…) Ele falava: ‘Põe a mão, isso é limpeza. Você precisa dessa limpeza, é o único jeito de fazer isso'”.

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    De acordo com Amy Biank, coach espiritual e autora americana responsável por levar pessoas até a Casa Dom Inácio de Loyola, a prática é conhecida por muitas pessoas que trabalham por lá. Quem tenta denunciar, porém, é ameaçado e acaba saindo da Casa por medo.

    “Uma delas [pessoa que trabalhava para João de Deus] disse que tinha limpado a boca de uma menina. Disseram que era ectoplasma e ela estava tão doutrinada que não percebeu que era sêmen”, disse Amy. 

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    João Teixeira de Faria é um médium brasileiro mundialmente famoso. Atende pessoas que buscam cura para doenças e outros tratamentos espirituais há mais de 40 anos em uma pequena cidade de Goiás. Mais de 10 000 pessoas vão até lá para serem atendidas por ele, incluindo muitos estrangeiros.

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    João de Deus nega as acusações e “rechaça veementemente qualquer prática imprópria nos atendimentos”.

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