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A história de Irmã Dulce, a 1ª mulher nascida no Brasil a se tornar santa

A notícia foi confirmada pelo "Vatican News", canal oficial de comunicação do Vaticano

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 08h40 - Publicado em 14 Maio 2019, 11h57
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  • Um novo milagre é atribuído à Irmã Dulce. O feito foi reconhecido por meio de decreto. Com isso, segundo o site “Vatican News”, canal oficial de comunicação do Vaticano, ela será proclamada santa. É primeira vez que uma mulher nascida no Brasil será canonizada.

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    O milagre é relacionado a uma pessoa que dormiu cega e acordou enxergando, segundo afirmou Arquidiocese de Salvador ao G1, informação que também foi confirmada pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID). Entretanto, ainda não foi divulgado quem foi que recebeu a graça, nem sua origem e nem quando o caso aconteceu.

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    “Com o Decreto autorizado pelo Santo Padre reconhecendo o milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce, a Baeta será proximamente proclamada santa em solene celebração de canonizações”, informou o “Vatican News”.

    Em maio de 2011, um primeiro milagre foi atribuído à Irmã Dulce e levou à sua beatificação. Tratou-se da recuperação de uma paciente que teve uma grave hemorragia pós-parto e cujo sangramento subitamente parou, sem intervenção médica.

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    Na segunda-feira (13), de acordo com o “Vatican News”, o Papa Francisco recebeu em audiência o prefeito da Congregação das Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, que autorizou o Dicastério vaticano a promulgar o decreto sobre Irmã Dulce.

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    Três graças alcançadas após as orações a Irmã Dulce estavam sendo analisadas pelo Vaticano com vista em seu processo de canonização. Os três casos foram enviados ao Vaticano pelas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), em 2014, após análise de profissionais da própria instituição.

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    Processo de Canonização

    Irmã Dulce
    Irmã Dulce já tinha sido beatificada, após ter um primeiro milagre reconhecido pelo Vaticano. (Osid/Reprodução)

    Após Irmã Dulce ser beatificada, processo para o qual é necessária a comprovação de um milagre, iniciou-se o processo para buscar a canonização, quando a pessoa passa a ser considerada santa pela Igreja Católica.

    Para isso, é preciso que o Vaticano reconheça mais um milagre, desde que este tenha ocorrido após a beatificação, como aconteceu no caso da pessoa que dormiu cega e acordou enxergando.

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    São quatro exigências impostas pelo Vaticano quanto à veracidade da graça para ser considerada milagre: ser preternatural (a ciência não consegue explicar), instantâneo (acontecer logo após a oração), duradouro e perfeito.

    Veja, abaixo, os passos que devem ser percorridos para chegar à canonização:

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    Frei Galvão foi o primeiro nascido do Brasil a ser canonizado, em 11 de maio de 2007, pelo então Papa Bento XVI. Ele ficou conhecido pelas pílulas milagrosas que, segundo a fé católica, têm poder de cura. Ele nasceu em 1739, em Guaratinguetá, no interior de São Paulo.

    Madre Paulina também foi canonizada e se tornou a primeira santa do Brasil. Apesar de ter morado em Santa Catarina, ela nasceu na Itália e só veio morar no país com a família aos 10 anos. Com isso, Irmã Dulce se tornará a primeira santa nascida no Brasil.

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    Primeiro milagre reconhecido

    O primeiro milagre atribuído à Irmã Dulce e que possibilitou a sua beatificação aconteceu em 2001, nove anos após sua morte. O caso aconteceu em Malhador, no interior de Sergipe, onde uma moradora local apresentava um quadro forte de hemorragia não controlável.

    Em um período de 18 horas, a mulher chegou a passar por três cirurgias, mas sem cessar o sangramento. Entretanto, de acordo com o médico Sandro Barral, após pedir a intercessão de Irmã Dulce, a hemorragia subitamente parou, sem intervenção médica, e a paciente se recuperou.

    De acordo com informações da Osid, a abertura do processo de beatificação começou em 17 de janeiro de 2000. No ano seguinte foi anunciada a graça, e em 2002 o processo foi levado para análise do Vaticano. O milagre foi reconhecido pela Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano em 2010.

    Em 22 de maio de 2011, foi realizada a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce, no Parque de Exposições de Salvador. A freira passou a ser chamada de “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”.

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    O legado de Irmã Dulce

    Família da Irmã Dulce
    Família da Irmã Dulce, que está à esquerda da foto. (Osid/Reprodução)

    Irmã Dulce nasceu como Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes no dia 26 de maio de 1914. Passou a se interessar por religiosidade aos 13 anos, quando começou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família em um centro de atendimento – que, posteriormente, ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”, por conta do grande número de carentes que se aglomeravam a sua porta.

    Em 1933, a jovem ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, no Convento de Nossa Senhora do Carmo, cidade de São Cristóvão, em Sergipe. No mesmo ano recebeu o hábito e adotou o nome de Irmã Dulce, em homenagem à sua mãe, que se chamava Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes.

    No ano de 1935, em Salvador, dava assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara no bairro de Itapagipe. Em 1936, fundou a União Operária São Francisco, primeira organização operária católica do estado, dando origem, depois, ao Círculo Operário da Bahia.

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    Em 1959, é instalada a Associação Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que é, atualmente, um dos maiores complexos de saúde com atendimento 100% gratuito no Brasil, com 3,5 milhões de atendimentos ambulatoriais por ano a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Lá são atendidos idosos, pessoas com deficiência e com deformidades craniofaciais, pacientes sociais, crianças e adolescentes em situação de risco social,dependentes de substâncias psicoativas e pessoas em situação de rua.

    Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, no Convento Santo Antônio, em Salvador.

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