PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

A pequena gigante: os vôos da ginasta Rebeca Andrade

Só nos resta saber se a ginasta alcançará o ouro nas finais individuais, que acontece nessa próxima quinta (11), com direito a uma nova acrobacia – prometida por ela – que, após a execução, será batizada com seu nome.

Por Débora Stevaux (colaboradora)
Atualizado em 12 abr 2024, 15h09 - Publicado em 10 ago 2016, 17h04
Ricardo Bufolin/CBG
Ricardo Bufolin/CBG (/)
Continua após publicidade

Quem viu os saltos da ginasta Rebeca Andrade, de 17 anos, durante a classificação da ginástica artística, na terça (9), talvez não enxergue claramente todos os desafios vencidos por esta pequena gigante – que levantou a plateia com um solo cheio de ginga entoado por duas cações de sua cantora favorita, Beyoncé: Crazy in Love e Single Ladies. O tombo na execução da última diagonal, na final por equipes na terça-feira (9), foi minúsculo perto de tantos outros que ela já teve a coragem de superar: duas fraturas – uma no tornozelo e um rompimento extremamente delicado no joelho quase a afastaram de seu maior sonho: estrear nos Jogos Olímpicos.

Leia mais: O que não pode faltar no cardápio de Flávia Saraiva, destaque da ginástica brasileira.

Ricardo Bufolin/CBG
Ricardo Bufolin/CBG ()

Foi necessário muito empenho por parte dos técnicos para tentar levantar os ânimos da pequena, que apresentava sinais de depressão durante os 6 meses de recuperação após a cirurgia no joelho. O motivo? Não estar apta à competir no Pan-Americano de Toronto e no Mundial de Ginástica de Glasgow, na Escócia, em 2015 – ambas as provas valiam uma vaga na Rio 2016, conseguida, posteriormente, em evento realizado na Arena Olímpica, no qual o Brasil ficou entre os 4 melhores colocados. 

Leia também: “Desejar que eu seja estuprada, que minha mãe morra, que me afogue ultrapassa os limites”, desabafa Joanna Maranhão. 

Ricardo Bufolin/CBG
Ricardo Bufolin/CBG ()

Continua após a publicidade

Clique na foto e veja na íntegra o vídeo da apresentação da ginasta!

Aos seis anos teve seu primeiro contato com o esporte. Sofreu todas as privações de uma infância pobre em Guarulhos: não conseguia ir aos treinos e não tinha condições financeiras para financiar a carreira de atleta. Mas tudo começou a melhorar quando a treinadora Kelly Kitaura conheceu a pequena – e depois de um trato com a mãe de Rebeca, Rosa, levou a menina para que pudesse para competir pelo Flamengo no município de Três Rios, no Rio de Janeiro; junto com outras garotas que dividiam, além da mesma casa e tutora, o mesmo sonho: participar das Olimpíadas.

Leia também: Rafaela Silva é ouro para o Brasil! Conheça sua história de superação​.

Ricardo Bufolin/CBG
Ricardo Bufolin/CBG ()

Continua após a publicidade

Em entrevista ao Fantástico, concedida em 2013, um ano depois de ter recebido o título de campeã do Troféu Brasil de Ginástica Artística, vencendo nomes renomados como Jade Barbosa e Daniele Hypólito, ela declarou seus dois maiores objetivos de vida: “Dar uma casa muito bonita para a minha mãe e chegar até 2016 para dar um ouro para o Brasil“. O novo lar para sua família já está sendo construído, agora só nos resta saber se a nossa pequena gigante “Rebeyoncé” (como ela mesma diz) alçará o voo dourado nas finais individuais, nesta quinta-feira (11), – ccom direito a uma nova acrobacia – prometida por ela – que, após a execução, será batizada com seu nome.

Veja também: Essas atletas fugiram da guerra e lutaram contra o preconceito para competir nas Olimpíadas​. 

View this post on Instagram

Agradeço a Deus e a todos pela torcida. Foi muito bom me apresentar mais um dia e mesmo com uma queda não deixar a peteca cair😅 É a minha primeira Olimpíada e eu fiquei junto com a minha equipe em oitavo lugar😱 somos a oitava melhor equipe do mundo🌎 apesar dos erros estou muito feliz🙏🏽 obrigada pessoal e quinta-feira tem mais Rebeyonce😂❤️ E um agradecimento especial a todos os treinadores,fisioterapeutas,psicólogas, nutricionistas, ginastas,amigos,família etc…OBRIGADA.

A post shared by Rebeca Andrade☁️ (@rebecarandrade) on

Continua após a publicidade

Em publicação no Instagram, a atleta escreveu: “Agradeço a Deus e a todos pela torcida. Foi muito bom me apresentar mais um dia e mesmo com uma queda não deixar a peteca cair. É a minha primeira Olimpíada e eu fiquei junto com a minha equipe em oitavo lugar. Somos a oitava melhor equipe do mundo. Apesar dos erros estou muito feliz! Obrigada pessoal e quinta-feira tem mais Rebeyoncé! E um agradecimento especial a todos os treinadores, fisioterapeutas, psicólogas, nutricionistas, ginastas, amigos, família etc…OBRIGADA.”

Leia mais: Por que você precisa conhecer a atleta Yusra Mardini.

.
. ()

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.