Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Dendezeiro, a marca que celebra o corpo negro e o Nordeste na moda

Estreantes na Casa de Criadores, os estilistas Hisan Silva e Pedro Batalha trazem uma coleção com modelagem angular para garantir conforto aos clientes

Por Ana Carolina Pinheiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 nov 2020, 20h41 - Publicado em 24 nov 2020, 20h00
Da esquerda para a direita: Hisan Silva, modelo Lucas Montty e Pedro Batalha. Beleza: Lailane Dorea.  (Kevin Oux/CLAUDIA)
Continua após publicidade

É da rua, especialmente de Salvador, que nasceu o DNA da Dendezeiro, marca dos jovens estilistas Pedro Batalha e Hisan Silva. Estreantes na Casa de Criadores, evento de moda que começou de forma virtual nesta segunda-feira (23), a coleção Transatlântico abriu o line up com um filme inspirador no livro ORÍ, da ativista do movimento negro e historiadora Beatriz Nascimento. A referência traz a diáspora africana e legado cultural e tecnológico africano para a cultura brasileira

A ancestralidade e a regionalidade conduziram o processo de criação dos estilistas, que apostaram em macacões flutuantes e coletes. “Moda para as pessoas pretas fala muito de conforto, bem-estar e do amor que aprendemos entre nós. As pessoas se sentem bem com a proposta de leveza e possibilidade”, diz Hisan, que também explica a associação dos tons terrosos na paleta de cores da coleção com o tom de pele dos negros.

O bucket e os tecidos leves também foram pensados para o clima quente da região. “A gente que é nordestino sabe que o sol é de rachar. A roupa aqui não é só estar bonito, mas também funcional”, explica o estilista sobre uma vivência que julga essencial para quem cria as produções.

Encontrar roupas para seus corpos era uma missão para Pedro e Hisan. A dificuldade de lidar com uma moda restritiva fez com que investissem na criação da marca. Por isso, as peças anguláveis caem como uma luva, nem tão folgadas ou muito apertadas.

Continua após a publicidade

A dupla também integra a Célula Preta, coletivo formados por designers negros da Casa de Criadores, que foi apresentado por Isaac Silva na edição de CLAUDIA deste mês. Para Hisan, hostilidade da estrutura da moda é acalentada dentro do grupo. “Mais importante do que ações são as relações internas que construímos. Juntos passamos por processos de compreender como o cenário é perverso”, revela.

O reconhecimento coletivo de feridas também resulta em um processo de cura compartilhado. “O apoio emocional é gratificante. Se eu estou aqui e o Fabio Costa, da NotEqual, está em BH, por exemplo, conseguimos trocar e aumentar o poder de alcance do trabalho dos nossos”, celebra.

Assista ao filme da coleção Transatlântico da marca Dendezeiro no primeiro dia da Casa de Criadores:

Continua após a publicidade

Todas as mulheres podem (e devem) assumir postura antirracista

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.