Aos 101 anos, a artista plástica Tomie Ohtake morreu, nesta quinta-feira (12), por volta das 12h20. A informação foi confirmada pela sua assessoria de imprensa.
Ela estava internada desde o dia 2 de fevereiro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para o tratamento de uma leve pneumonia. Apesar de estar reagindo bem ao tratamento, a situação se agravou quando, na manhã desta terça-feira (10), Tomie engasgou com o café da manhã. Com o susto, ela acabou adquirindo um quadro de broncoaspiração, seguida de parada cardíaca, o que a levou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
De acordo com os assessores do Instituto Tomie Ohtake, o corpo da artista será cremado em São Paulo, mas os familiares ainda não decidiram o local em que acontecerá a cerimônia. O velório, por sua vez, será realizado nesta sexta-feira (13), na própria sede do Instituto, localizada no bairro de Pinheiros. O público poderá prestar sua última homenagem à artista entre as 8h e as 14h.
Nascida em Kioto, no Japão, Tomie veio para o Brasil, em 1936, aos 23 anos, para visitar um irmão. Encantada com a paisagem e decepcionada com a iminência da Segunda Guerra Mundial, decidiu fixar moradia no bairro da Mooca, na capital paulista. Em 1968, quando já era reconhecida no cenário artístico do país, naturalizou-se brasileira. Em 2000, ganhou o Instituto que leva o seu nome e instituiu o objetivo de apresentar e discutir a história e as tendências das artes criadas por diversos artistas brasileiros. Tomie deixa dois filhos, Ruy e Ricardo.
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