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O ator carioca Guilherme Karan morre aos 58 anos

Karan faleceu na manhã desta quinta-feira (7), no Hospital Naval Marcílio Dias, zona norte do Rio de Janeiro, onde estava internado há dois anos. A causa da morte foi atribuída à rara síndrome degenerativa de Machado-Joseph

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 22 out 2016, 18h49 - Publicado em 7 jul 2016, 13h32
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  • O ator Guilherme Karan faleceu na manhã desta quinta-feira (7), aos 58 anos, no Hospital Naval Marcílio Dias, zona norte do Rio de Janeiro, onde estava internado há dois anos. A causa da morte foi atribuída à rara síndrome de Machado-Joseph. Devido ao processo degenerativo do sistema nervoso, o carioca já não era mais capaz de andar, falar e se alimentar normalmente. 

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    Karan, que preferiu não receber visitas nos últimos anos, estava sob os cuidados do pai Alfredo Karan. Ele já sofria há pelo menos 16 anos com a doença. Dois irmãos e a mãe do carioca também faleceram por causa da síndrome sem cura. Ela é hereditária. Sua irmã também é portadora e tornou-se cadeirante devido à progressão da patologia, mas permanece recebendo tratamento em casa.

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    Sua última participação nas telinhas – que foi abruptamente interrompida há 10 anos pela confirmação do diagnóstico – foi na novela global América, de 2005. A estreia na televisão foi o personagem Políbio, um guru de araque, na trama Partido Alto, de Glória Perez, no ano de 1984. Mas o humor inigualável do machão Zeca Bordoada eternizou Karan no programa “TV Pirata”, de 1988; neste mesmo ano, o ator encarnou o vilão no longa infantil Super Xuxa Contra o Baixo Astral. Nos anos de 1990, eledeu vida ao mordomo Porfírio, apaixonado por Divina Magda, personagem de Vera Zimmermann, em Meu Bem, Meu Mal. Ele também marcou presença em Explode Coração, Pecado Capital e O Clone.

    Divulgação/TV Globo/Márcio de Souza
    Divulgação/TV Globo/Márcio de Souza ()

    Entenda melhor sobre a doença

    A síndrome de Machado-Joseph, também chamada cientificamente pelo nome Ataxia Espinocerebelar do tipo 3, possui caráter raro, crônico, dominante e pode ser transmitida por – pelo menos – três gerações de uma mesma família. E a porcentagem de transmissão de  pai para filho pode ser compreendida por 50% de chances. É comum que a enfermidade se manifeste na faixa etária compreendida entre 35 e 50 anos, mas pode variar dependendo de sua gravidade. A taxa de incidência mundial é de 0,3 a 2 pessoas em cada parcela de 100 mil indivíduos.

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    Os sintomas começam a aparecer devido à expansão dos blocos constituintes do DNA presentes no nosso cérebro. Este aumento desenfreado está intimamente ligado à diminuição da produção de proteína Ataxina 3, acarretando um processo degenerativo do sistema nervoso, que pode causar o atrofiamento de áreas fundamentais para o funcionamento do nosso corpo como o cerebelo, tronco cerebral, medula, nervos periféricos e até o núcleo da base cerebral. 

    Os principais sinais compreendem a alteração negativa do equilíbrio e da coordenação motora, em que, invariavelmente, notam-se pequenas limitações que vão se agravando com o decorrer dos anos devido à característica degenerativa e progressiva da síndrome. Dificuldades na fala, no ato de deglutir alimentos, visão dupla e Parkinsonismo também são outras marcas causadas pela doença.

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    A escritora Glória Perez que está em Lisboa postou, na tarde de hoje, uma homenagem ao ator em sua conta no Instagram:

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    Vai deixar saudades: Relembre os grandes momentos da carreira do ator carioca.

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