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Ex-ator da Malhação compartilha relato da sua transição de gênero

"Me perdoa por ter te engolido tantas vezes por medo. Meu eu. Meu ser. Me perdoa", disse o ator e cantor Benjamin Damini

Por Da Redação
Atualizado em 29 jan 2021, 10h58 - Publicado em 22 set 2020, 20h59
Benjamin interpretou a personagem Martinha na última temporada de Malhação. Foto: (Instagram @biadamini/Reprodução)
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Benjamin Damini, que viveu a Martinha na última temporada de Malhação, da Rede Globo, compartilhou no seu perfil oficial do Instagram sua transição de gênero nesta terça-feira (22). “Aos 21 renasci benjamin. Sem agressividade. Sem depressão. Sem remédios. Me perdoa por não ter te aceitado antes, be. Eu ainda não conseguia”, desabafou o ator e cantor.

No relato, Benjamin revelou que já na infância notava um não pertencimento com o gênero que lhe era imposto. “Aos 3 eu acreditava ter nascido no corpo errado e por muitos anos rezei antes de dormir pra acordar no dia seguinte no corpo certo, no corpo de um menino”, disse.

Para buscar um conforto, aos 4 anos, Benjamin combinou com os colegas da escola de que “era um menino disfarçado de menina, mas ninguém além deles poderia saber”, contou.

Com o passar dos anos, a sensação de não pertencimento só aumentou. “Quando meus seios começaram a se desenvolver e eu não podia mais brincar na praia sem a parte de cima do biquíni eu chorei. Aos 9 quando eu menstruei eu também chorei”.

A adolescência chegou acompanhada da depressão e de um namoro frustrado. “Antônio foi uma das algumas vítimas das minhas projeções de gênero inconscientes. A verdade é que eu queria poder usar as roupas que o Antônio usava. E eu até podia. Mas tinha medo”, revelou.

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Já aos 18 um fim de relacionamento com uma menina abriu um processo autoconhecimento. “Percebi que eu não sabia quem eu era de fato. Fui buscar. No meio do caminho esbarrei com benjamin. Sou transexual. Não sou. Engole. Segunda depressão”, relembrou sobre a volta da doença em sua vida.

Entre um turbilhão de emoções, veio a identificação. “Conheci uma mulher que não chamava cecília e com ela me permiti pela primeira vez ser eu mesmo. Transexual”, escreveu. “Me perdoa por ter te engolido tantas vezes por medo. Meu eu. Meu ser. Me perdoa. E fica. Pode ficar. Pode habitar. Pode ser”.

Confira o relato na íntegra:

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