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Intolerância cresce e Polônia é advertida por suas zonas livres de LGBTI

Nesta quinta-feira, 17, Parlamento Europeu cobrou que a União Europeia acione decisões para repreender o país

Por Da Redação
Atualizado em 17 set 2020, 18h37 - Publicado em 17 set 2020, 18h00
Ursula
Presidente-executiva da UE, Ursula von der Leyen. (Thierry Monasse/Getty Images)
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A opressão da Polônia em cima dos cidadãos LGTBQIA+ fez com que o Parlamento Europeu se posicionasse novamente. Nesta quinta-feira (17), o órgão condenou o país por violação dos direitos humanos, já que municípios possuem áreas em que homossexuais, transexuais, bissexuais não são bem-vindos, as chamadas “zonas livres de LGBTI”. O Parlamento ainda cobrou que a União Europeia acione decisões para repreender o país, como negar financiamento.

As “zonas livres de LGBTI” são calcadas em um discurso de intolerância, alimentado pelo fundamentalismo religioso. Mesmo sem um peso legal, as áreas causam tensões na rotina dos cidadãos oprimidos e ainda são apoiadas pelo próprio Governo, com a influência do conservador católico Jaroslaw Kaczynski, presidente do partido Lei e Justiça (PiS).

Em julho do ano passado, a UE negou auxílio econômico para seis municípios poloneses adeptos às “zonas livres de LGBT”. As regiões deixaram de receber 25 mil euros, aproximadamente 150 mil reais como represália. “Nossos tratados garantem que todas as pessoas na Europa sejam livres para ser quem são, para viver onde quiserem e amar quem quiserem”, disse a presidente-executiva da UE, Ursula von der Leyen na época.

Para Ursula, essas zonas na verdade e infelizmente “são livres de humanidade”, afirmou nesta quarta-feira (16). Entretanto, as críticas aparentemente são inexistentes para o presidente Andrzej Duda, do partido de extrema-direita PiS (Lei e Justiça), que chegou a dizer em campanha que a “ideologia LGBT” gerava mais riscos do que a “doutrina comunista”. Além disso, Duda também afirmou que os direitos de LGBTs não seriam abordados dentro da sala de aula das escolas públicas.

A LGBTfobia não é realidade só do Governo polonês. De acordo com a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais, principal organização mundial em prol dos direitos LGBT, o tratamento ostensivo e desrespeitoso de líderes políticos e religiosos a esse grupo cresceu em 17 países da Europa, assim como a violência motivada por intolerância sexual e de gênero.

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