Exposições iniciam comemorações do centenário da Semana de Arte de 1922
Exposições em São Paulo e no Rio de Janeiro discutem o legado da Semana de Arte Moderna na cultura nacional
A
ebulição de movimentos artísticos nacionais contra o conservadorismo e a favor da modernidade culminou na Semana de Arte Moderna de 1922. Artistas como Anita Malfatti e Di Cavalcanti expuseram suas obras enquanto Oswald e Mário de Andrade – os grandes idealizadores do evento –, além de Graça Aranha discutiam literatura e poesia em palestras e encontros. A Semana de 22 mobilizou muitos artistas de áreas diversas e se tornou um marco na história da arte nacional.
Veja também: No Rio, exposição de Lygia Clark tem obras inéditas da artista mineira
Com o centenário do evento se aproximando, instituições culturais inauguram comemorações. No Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, a mostra Brasilidade Pós-Modernismo, com curadoria de Tereza de Arruda, reflete sobre o legado do movimento nas artes plásticas na contemporaneidade.
Veja também: Projeto estimula mulheres diretoras de cinema para combater desigualdade
Entre as 51 obras reunidas, há produções de Adriana Varejão, Cildo Meireles, Tunga e outros renomados artistas brasileiros, divididas em seis eixos que representam os pontos de destaque dos questionamentos do movimento modernista – como liberdade, identidade e natureza – que se mantém atuais.
O impacto da Semana de 22 também é discutido em Moderno Onde? Moderno Quando?, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Com curadoria de Aracy A. Amaral e Regina Teixeira de Barros, a mostra analisa a formação do movimento e seus resultados por diferentes perspectivas, menos rígidas e datadas. Há obras de artistas de todo o país a partir de 1900 e até 1937, sendo possível traçar um panorama do antes, durante e pós-Semana.
Veja também: Leitura obrigatória, Camila Sosa Villada mistura fantasia a vivências pessoais