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Retorno da Tomorrowland Brasil: do caos ao encerramento glorioso

Mesmo com chuvas torrenciais e até um cancelamento, Tomorrowland Brasil 2023 foi capaz de dar a volta por cima

Por Da Redação
Atualizado em 16 out 2023, 14h40 - Publicado em 15 out 2023, 09h32
Show de fogos no palco principal da Tomorrowland 2023.  (Tomorrowland/Divulgação)
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O retorno da Tomorrowland Brasil não foi exatamente tranquilo.  Logo em sua abertura, a chuva, que caiu intensa e insistentemente sobre o Maeda, em Itu-SP, gerou uma boa dose de transtornos, culminando no cancelamento do segundo dia – um passo necessário, mas que deixou muita gente frustrada. Os percalços, no entanto, não foram o bastante para apagar o brilho daquilo que o evento entrega de melhor: as apresentações cheias de energia de alguns dos melhores DJs do mundo, e palcos visualmente imponentes, capazes de hipnotizar até mesmo quem não respira música eletrônica.

Quem já foi ao Maeda para shows e festivais sabe que o local não é dos mais confortáveis em dias chuvosos, principalmente quando falamos de mais de 30 milímetros de água. Combine tempestade, milhares de fãs se movimentando e dançando e piso de terra, e dificilmente a equação terá resultado positivo.

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Uma publicação compartilhada por Perrengue Chique (@perrengue_chique)

Os relatos dos perrengues com a lama – como no exemplo acima – dominaram as redes sociais, bem como dificuldades em utilizar as pulseiras (talvez impulsionados exatamente pela chuva, que impactou conexões de internet). No entanto, ao entrar nas hashtags, era possível notar que, apesar da dificuldade e do apelido “tomorrowlama”, muitos fizeram deste limão uma limonada e saíram de lá com a sensação de expectativas atingidas.

O holandês Afrokack agitou o palco principal perto das 21h45, com um show tão competente que parecia difícil de ser superado – algo que, de fato, aconteceu com o encerramento dos DJs Martin Garrix e, na sequência, Tiesto, que manteve o público pulando até o último segundo.

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Na manhã de sexta-feira (13), o evento foi oficialmente cancelado para que o terreno pudesse ser recuperado e coberto, especialmente nos acessos que levavam de uma pista a outra. Era necessário, mas talvez tenha sido tardio, uma vez que o evento climático era esperado. Quem tinha ingresso para o dia, ficou com duas alternativas: receber o valor pago de volta, ou escolher um dia da edição de 2024 – que já está confirmada.

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Vista aérea da Tomorrowland Brasil 2023. (Tomorrowland/Divulgação)

Um encerramento glorioso

Passadas as dificuldades de locomoção causadas pela chuva (inclusive para acessar ou ir embora da arena Maeda), o encerramento, realizado no sábado (14), foi de fato grandioso. O evento estava de volta em toda a sua glória, com um line-up de peso, tempo nublado, mas seco, e as adaptações na estrutura que foram essenciais para se movimentar com segurança.

O tema escolhido, “The Reflection of Love – Chapter II” (“O Reflexo do Amor – Parte II”, em tradução livre), realmente apareceu estampado nos rostos de quem acompanhava os artistas nacionais e internacionais pelos cinco grandiosos palcos. A tristeza ficou para trás, e um público energizado dançava e criava atividades das mais variadas como se nada de ruim jamais tivesse acontecido.

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No palco principal, o holandês Don Diablo precisou ser substituído pelo duo Cat Dealers, visto que as condições climáticas tornaram a sua chegada impossível. Não decepcionou: a apresentação foi recebida com entusiasmo pelo “people of tomorrow”.

Steve Angello, que trouxe um pouco do funk brasileiro para o seu set, também foi responsável por uma das melhores apresentações da edição, seguido pelo sempre competente Dimitri Vegas. O encerramento do palco ficou por conta de Alok, que apresentou uma nova parceria com Bebe Rexha e trouxe Bruno Martini e Zeeba ao palco para a apresentação de Hear me Now.

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O palco Core, mais intimista, recebeu a minha apresentação favorita desta edição. (Tomorrowland/Divulgação)

No Core, pudemos assistir o que consideramos um dos melhores sets de todo o evento (incluindo outras edições!): o B2B entre DJ ANNA e Vintage Culture, que encerraram as apresentações do palco com chave de ouro. Difícil acreditar que aquela foi a primeira vez que a dupla pisou junta em um palco, tamanha a sinergia e química entre os artistas.

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Em resumo, o feriado de Tomorrowland foi uma montanha-russa de emoções, mas com saldo positivo. As dificuldades foram superadas e devem servir de lição para a próxima edição, que já é aguardada por milhares de pessoas que desejam reviver o sonho, ou fazer parte dele pela primeira vez.

 

 

 

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