Quem já visitou o Louvre certamente lembra da experiência de tentar chegar perto da obra mais célebre do museu: a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Há sempre uma enorme aglomeração de pessoas. Os seguranças especialmente destinados a cuidar do quadro nem ao menos conseguem conter os flashes das câmeras de celular – que são obviamente proibidos.
Após a pandemia de Covid-19, Paris está gradativamente reabrindo seus espaços artísticos. O Museu d’Orsay e o Palais de Tokyo, por exemplo, já estão abertos à visitação. O Louvre, por sua vez, volta a receber o público no dia 6 de julho. A administração do museu prevê que, num primeiro momento, o prédio receberá apenas um quinto do número habitual de turistas. Mesmo assim, o Louvre é o museu mais visitado do mundo, o que gera preocupação extra em torno da reabertura.
A maior mudança implementada é a obrigatoriedade do “trajeto de mão única” dentro do museu. Isso vai impactar diretamente na aglomeração em frente à Mona Lisa, uma vez que muitos turistas corriam para vê-la assim que entravam no Louvre. Além dessa medida, o uso de máscaras vai ser obrigatório e haverá um sistema de agendamento de visitas. Recipientes de álcool gel estarão espalhados pelo museu, bem como sinais que apontam para a importância do distanciamento.
A administração também conta com o tamanho do espaço a seu favor. O Louvre tem 45 mil metros quadrados e cerca de 30 mil obras.