“Sofri racismo e antissemitismo”, diz Kat Graham sobre bastidores de The Vampire Diaries
A atriz e cantora, sucesso de ‘The Vampire Diaries', fala sobre a carreira e a luta pelos direitos humanos
Não precisa ser cinéfilo para conhecer Kat Graham. A atriz, que já protagonizou diversos filmes de comédia romântica, ganhou notoriedade após viver Bonnie Bennett na série The Vampire Diaries, onde atuou por oito temporadas e conquistou fãs ao redor do mundo.
Também cantora, lançou seu primeiro EP em 2012, Against the Wall. O sucesso do disco foi tanto que solidificou seu lugar na cena pop e provou sua habilidade em passear por diferentes plataformas. “Minha música é sobre empoderamento e sobre ter sua própria identidade, não importa o quão diferente você se sinta no mundo em que está vivendo”, diz à CLAUDIA.
Fora das câmeras e dos palcos, Kat é uma ativista dedicada. Ela usa sua visibilidade para apoiar causas sociais, com foco em questões como igualdade racial, direitos LGBTQIA+ e igualdade de gênero. Seu envolvimento com a UNHCR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) a levou a visitar campos de refugiados, e sua dedicação à mudança social também se estende ao movimento Black Lives Matter. “Eu foco em direitos humanos em geral – não vejo religião, etnia, sexualidade… Pessoas são pessoas e direitos humanos são direitos humanos”, reflete.
Turnê pelo Brasil
Em recente passagem pelo Brasil para divulgar seu novo EP, The Broken Heart Club, a artista confirmou dois shows no país como parte de sua turnê inédita. Ela se apresentará em São Paulo no dia 21 de março de 2025, na casa de shows Audio, e no Rio de Janeiro no dia 22 de março de 2025, no Vivo Rio.
Abaixo, confira a entrevista completa com Kat Graham:
Como você descobriu sua vocação musical?
Eu atuo desde criança e entrei na música aos 14 ou 15 anos. Comecei como criadora de beats e DJ, então foi mais sobre a música do que as letras ou minha capacidade de performar. Por um tempo, me disseram que eu não sabia cantar, então precisei treinar muito para conseguir. Só há alguns anos, talvez, que me dei conta que estavam bem vocalmente.
Como você percebe sua música?
Minha música é sobre empoderamento e sobre ter sua própria identidade, não importa o quão diferente você se sinta no mundo em que está vivendo. Ela é sobre aceitar a si mesmo, sua tristeza, sua felicidade, seu poder e trabalhar através disso.
Seu trabalho de atuação te ajuda nos palcos?
Minhas habilidades de atriz definitivamente me ajudam a subir nos palcos e a escrever boas letras. Quero contar uma história musical do mesmo jeito que conto na televisão. Assim como trago minha vida pessoal e minha própria trajetória para um personagem, quero fazer isso com uma música ou um videoclipe.
O que você aprendeu sobre Diana Ross desde que conseguiu interpretá-la na cinebiografia de Michael Jackson?
Sou uma pessoa que se inspira em muitas mulheres maravilhosas! Diana é uma delas, Tammi Terrell é outra… Eartha Kitt e Josephine Baker também não ficam de fora. Há muitas mulheres que me ensinaram muito e o incrível sobre elas, mesmo que tenham vivido em diferentes eras, é que todas tiveram que lutar pelo seu lugar no mundo, apesar do racismo.
Elas precisaram trabalhar um milhão de vezes mais e ainda apresentaram sua arte e a sua imagem de uma maneira muito graciosa – até porque elas não estavam apenas representando a si mesmas, mas também milhões de outras mulheres que estavam sendo discriminadas.
Você já comentou que viver Bonnie, em The Vampire Diaries, foi desafiador. Ela é uma personagem muito forte, de que maneira vocês são parecidas?
Eu nunca disse que minha experiência não foi boa na série. Durante aquela época, vivi amizades incríveis, alguns momentos lindos em que pude me expressar como atriz, e isso me colocou nas telas de milhões de pessoas ao redor do mundo. Eu não mudaria nada. Porém, sofri racismo, antissemitismo e desigualdade de forma pública e privada.
Acho que Bonnie é uma pessoa extremamente fiel, assim como eu. Mas não acredito em sacrificar a si próprio por outras pessoas. Você pode ser alguém que cuida das pessoas que ama, mas sou da filosofia de dar o que tenho quando estou com o copo cheio, e não vazio.
Seu envolvimento com a justiça social é muito importante! Como suas ações podem transformar a sociedade?
Eu me foco em direitos humanos em geral – não vejo religião, etnia, sexualidade… Pessoas são pessoas e direitos humanos são direitos humanos – direitos trans são direitos humanos, direitos refugiados são direitos humanos, os direitos de uma mulher negra são direitos humanos. O que quero é procurar justiça pela proteção, apoio e para elevar as histórias de pessoas vulneráveis. Espero continuar a fazer isso com o meu trabalho junto das organizações sociais e de todas as pessoas incríveis que conheço e são inspiradas por mim.
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