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Eliana Alves dá vida às palavras em histórias sobre ancestralidade

Ela foi vencedora do Prêmio Jabuti de 2022 na categoria de contos pela obra A Vestida, provando que a idade não é um empecilho

Por Sarah Brito
Atualizado em 19 ago 2023, 11h20 - Publicado em 19 ago 2023, 11h19

Aos 11 anos, ela já sonhava em seguir carreira nas palavras. O incentivo dos pais foi essencial para não deixar o projeto morrer no plano das ideias. Formou-se em jornalismo e foi assessora de comunicação numa confederação desportiva por quase 20 anos, onde pôde conhecer diversos atletas, acompanhar Olimpíadas Mundiais e viajar bastante: “Mas nada no universo é por acaso. Foi esse exercício diário [de escrita] que me fez ganhar superpoderes, podendo fazê-lo mesmo em um chão de rodoviária ou até sem internet. Essas ferramentas foram úteis para quando resolvi me enveredar de vez pela literatura”, conta Eliana Alves Cruz.

A virada oficial aconteceu em 2016, quando ela lançou seu primeiro livro, o romance Água de Barrela (2016). Aclamado pela crítica, ele também provou para ela que idade não é empecilho para nada: “Nessa ocasião, quebraram-se vários mitos, como, por exemplo, a pressa para fazer coisas até determinada idade. Eu acho isso extremamente inspirador para muitas mulheres, pensando que Conceição Evaristo publicou seu primeiro romance com a idade que eu tenho hoje”, compartilha, aos 57 anos.

E ela acrescenta: “Veja a importância de uma geração se inspirar e conseguir puxar a outra. Temos caminhado a passos largos, embora ainda falte uma grande estrada para o nosso futuro neste país.” 

Eliana Alvez com a estatueta do Jabuti, em 2022 na 65ª edição da premiação.
Em novembro de 2022, Eliana concorreu pela categoria de melhor conto, vencendo a premiação pela obra A Vestida (@elialvescruz Instagram/Reprodução)

Sete anos depois, mais três publicações e diversos textos em antologias, ela segue celebrando o Prêmio Jabuti 2022 por A Vestida (2022), seu primeiro livro de contos: “Quando anunciaram meu nome, eu parei por meio segundo e pensei, ‘Eu ganhei? Sim, eu ganhei!’ Demorou um pouco para cair a ficha, mas foi um momento bem especial, no qual senti um plano concretizado pela ancestralidade de um novo momento acontecendo para nós ali.” 

Agora, os sonhos de Eliana ambicionam a presença de mais mulheres como ela em lugares de reconhecimento. “Eu sou feliz com o que eu faço, e posso dizer para mulheres, mulheres negras e mulheres negras e maduras: você consegue mudar a sua trajetória, você pode.” 

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