5 motivos para assistir ‘Abracadabra 2’ neste final de semana
Continuações, remakes e franquias acabam deixando o cinema cansativo, mas existem algumas histórias que merecem serem revisitadas
Lá no começo dos anos 1990, conhecemos as Irmãs Sanderson, interpretadas por Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy, em Abracadabra (1993). O filme pode não ter feito muito sucesso na época, mas se tornou um clássico de Halloween ao longo dos anos. Tanto que quase 3 décadas depois, Abracadabra 2 chega ao Disney+ com o elenco original e, claro, um mar de fãs ansiosos. Ainda precisa de motivos para assistir ao longa, que estreia nesta sexta-feira (30)? Calma, que já chegamos lá!
Na direção entra Anne Fletcher no lugar de Kenny Ortega, que comandou o original. O elenco tem o retorno de Midler, Parker, Najimy e de Doug Jones. As novas adesões são Whitney Peak, (da nova versão de Gossip Girl), Belissa Escobedo (American Horror Stories), Lilia Buckingham (Crown Lake), Hannah Waddingham (Ted Lasso) e Sam Richardson (The Afterparty).
Abracadabra 2 é a prova de que algumas sequências ainda dão certo. Após uma leva de refilmagens, live-actions e filmes de heróis excessivos, temos um respiro nostálgico que é muito bem-vindo. Talvez o espaço de 29 anos tenha feito muito bem ao longa, que manteve sua essência. Já te convencemos? Do contrário, temos aqui 5 motivos para assistir à sequência de Abracadabra no Disney+.
Nostalgia
A memória afetiva está relacionada às emoções, sons, cheiros e outros elementos sensoriais. O cinema tem esse poder e a nostalgia presente em Abracadabra 2 é contagiante. Na história original, somos apresentados às bruxas Sanderson, cuja missão é se alimentar de crianças para continuarem jovens. Elas tocam o terror em Salem, no século XVI, até que são queimadas na fogueira – mas não sem antes lançar um feitiço que garantirá o seu retorno.
Em 1993, Max (Omri Katz) traz as irmãs de volta ao acender uma vela encantada. Junto da irmã Dani (Thora Birch) e da nova amiga Allison (Vinessa Shaw), eles enfrentam as bruxas. Na nova trama, temos uma volta no tempo para mostrar como as Sanderson se tornaram feiticeiras, e depois um avanço para os dias atuais.
Novamente, três adolescentes garantem o retorno das bruxas e precisam dar um jeito de derrotá-las. A história até parece que vai andar em círculos, mas não, o roteiro é bem amarrado e consegue dar uma boa renovada, principalmente por humanizar as bruxas. Abracadabra 2 nos transporta para a mesma atmosfera do primeiro filme, com ótimas piadas, trilha sonora e atuações.
Filme despretensioso
Após os últimos anos, assistir a conteúdos leves é ótimo. Além do lado nostálgico, o filme tem uma narrativa divertida e despretensiosa. Não é uma produção que está preocupada em abrir um leque de infinitas possibilidades para uma franquia, é, claramente, feita para os amantes de Halloween e do primeiro filme. Abracadabra 2 tem também uma mensagem positiva e importante, que fala do poder da união, amizade e família.
O humor inocente
Vivemos uma época em que grande parte dos conteúdos midiáticos é dominado por temas que geram um engajamento, seja humor ácido, teor sexual, política e mais. Isso não é necessariamente um problema, mas filmes inocentes e com mensagens positivas continuam extremamente bem-vindos. Abracadabra 2 cumpre esses requisitos. Como citamos acima, é uma trama leve, mas, muito além disso, mostra que ainda é possível fazer comédias sem apelar para estereótipos e piadas forçadas.
Protagonismo feminino
Em 1993, o filme contava com um homem como líder do grupo de adolescentes, o Max. Pois isso mudou. O trio de jovens que precisa lidar com as feiticeiras dessa vez é liderado por Becca (Whitney Peak), que ao lado de suas melhores amigas, Izzy (Belissa Escobedo) e Cassie (Lilia Buckingham), vai atrás das Irmãs Sanderson. Não só isso, a história pincela a luta feminina pela liberdade e como esses ideais eram (e ainda são) vistos como maus olhos pela sociedade machista em que vivemos. As bruxas da narrativa são também essa alusão à mulheres à frente de seu tempo. Além desse protagonismo feminino, o elenco é mais inclusivo.
Elenco
E por falar em elenco, como citamos antes, o filme tem o retorno de Bette Midler, Sarah Jessica Parker e Kathy Najimy. As atrizes trazem o mesmo humor e irreverência às suas personagens, assim como na década de 1990. Elas cantam, fazem ótimas piadas e se divertem com o tempo que passou, aceitando que o objetivo atual delas não é mais a juventude eterna. É ótimo ver Sarah Jessica Parker neste papel, bem diferente da Carrie Bradshaw, que também voltou às telinhas esse ano, com o revival de Sex and the City.