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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Por que decidi escrever cartas para os meus filhos

Uso os textos para apresentar aos meus filhos minha forma de pensar e meus aprendizados ao longo da vida

Por Stéphanie Habrich
19 dez 2022, 14h34

Falar nunca foi minha forma preferida de me comunicar. Gosto mais de escrever, pois assim consigo colocar para fora pensamentos e ideias de forma mais elaborada. Além disso, o que está escrito carrega outra vantagem, pode ser lido e relido no futuro, o que me ajuda a identificar as mudanças em minha maneira de pensar.

Este certamente foi um dos motivadores para eu começar a escrever para os meus filhos. Desde que eles nasceram, comecei a criar um álbum com anotações sobre datas importantes e acontecimentos (grandes e pequenos) de suas vidas, seja um machucado, um novo aprendizado ou uma formatura. Coleciono poucas lembranças de minha história. O pouco que lembro é por meio de fotos antigas. Desejando que com os meus filhos fosse diferente, comecei a produção destes álbuns. Queria que vissem de onde vieram e soubessem de tudo o que aconteceu ao longo de suas vidas.

Dois anos atrás, durante meu processo de divórcio, senti que precisava deixar mais do que fotos e anotações. Passei a escrever um livro com o intuito de deixar registrada a minha visão sobre fatos que talvez estivessem sendo mal-entendidos por eles. Com 12, 15 e 17 anos, eles estão numa idade que não costuma ser de muito papo. Assim, encontrei nos textos uma forma de apresentar a eles o que penso e como enxergo a vida.

Sem verdades absolutas

Levei anos de terapia para perceber que não existe uma só verdade, que entre o preto e o branco existe uma infinidade de cinzas e quero mostrar isso a eles. Não tenho a intenção de dizer o que é certo e errado, o que é justo e o que não é. Quero apenas apresentar a forma como vejo a vida e como sinto e reajo ao que me acontece. Inclusive, algumas das colunas que escrevi aqui na Claudia, serviram de inspiração para as cartas e vice-versa. Já escrevi a eles falando da diferença entre existir e viver, sobre a importância de saber identificar as emoções e sobre as fases do processo de luto, por exemplo.

Minha esperança é que eles um dia possam ler e que isso os ajude se conhecerem melhor. Não por acaso, defini que este livro seria feito de capítulos curtos e independentes, em forma de carta, para que possam ser lidos aos poucos.

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Ficaria feliz se esta obra funcionasse como um atalho para o autoconhecimento de cada um deles. Muitas vezes eu os vejo impondo suas opiniões de maneira tão rígida e aí me lembro que eu também demorei para entender que não precisamos ser irredutíveis com nossas ideias e que mudar o jeito de pensar faz parte do crescimento. Tanto que em alguns anos pretendo revisitar meus escritos para conferir se minha visão sobre o mundo estará diferente. Se estiver, pretendo comentar cada um dos capítulos, contando da minha mudança de pensamento ao longo dos anos e os meus aprendizados.

Este exercício de colocar no papel o que tenho a dizer me traz muita paz. É difícil explicar o que sinto. Com o livro Uma Jornada Com Propósito, que publiquei sobre minha trajetória incluindo a criação do Joca foi a mesma coisa. Escrevi com intuito de deixar minha história registrada. Conheço tão pouco sobre meus avós paternos e maternos, não gostaria que acontecesse o mesmo com meus filhos e netos. O que eles vão fazer com isso é com eles. Vou apenas entregar as cartas e torcer para que façam o melhor uso, aprendendo com meus erros, vibrando com meus acertos e, consequentemente, me conhecendo um pouco melhor.

E quem sabe minha iniciativa não inspira outros pais a fazerem o mesmo, deixando suas memórias registradas, seja em forma de texto, álbum de fotos ou desenhos para que seus filhos possam conhecê-los melhor.

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