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Renata Brosina é jornalista, host de podcast e editora de moda com foco em luxo e sustentabilidade. Com 15 anos de carreira e alguns títulos internacionais no currículo, ela é curiosa, gosta de entrevistar e vestir pessoas, e analisar as transformações que vêm acontecendo no mercado.
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O que torna o estilo de Lady Di imortal?

Do look esportivo aos vestidos Dior, a eterna Princesa de Gales trazia mensagens disruptivas que indicavam necessidade de modernização na monarquia

Por Renata Brosina
19 dez 2022, 09h57

Depois de ter ficado algumas temporadas em Londres, e ter vivido imersa na realidade local, a pauta “Família Real Britânica” sempre me despertou zero interesse. Fofocas, mentiras e polêmicas que enchiam o bolso de repórteres e fotógrafos que ficavam por ali, cercando o clã da Rainha Elizabeth II na década de 2010, é o tal do sensacionalismo que quase nenhum jornalista gosta – e a vida desses integrantes, a maioria sem muito carisma, era completamente desinteressante. Exceto Lady Di. Diana Spencer construiu um legado de influência, que vai muito além da beleza e do seu estilo único. Por isso, ainda segue insubstituível e como fonte de inspiração. Mesmo após 25 anos de sua morte.

A figura da Princesa de Gales ainda é lembrada como disruptiva, à frente do seu tempo e, dentro da sua simplicidade, original. A maneira como ela se vestia refletia completamente a sua personalidade e transcendia seu título. Mesmo a bordo de looks luxuosos para eventos de gala ou noturnos, seja de Catherine Walker ou um vestido de Alta Costura da Dior, ela tinha um estilo despretensioso, prático e que se distanciava cada vez mais da imagem tradicional da monarquia – que parecia completamente parada no tempo. E esse contraste era visível ao longo da sua vida pública, que teve uma evolução da forma como ela lidava com cores, estampas, fendas, silhuetas e acessórios.

Se no início da década de 1980, ela era conhecida por apostar em propostas de visuais com peças divertidas e românticas, como o clássico suéter vermelho com ovelhas brancas e as camisas com golas amplas, após a sua separação em 1992, ela passou a brincar com elementos tão casuais que surpreendiam e davam a impressão de “gente como a gente”. Entre eles há o celebrado look construído com jaqueta oversized de alfaiataria, com moletom estampado, calça jeans, botas de cowboy e boné.

WINDSOR, UNITED KINGDOM - MAY 02: Prince William With His Mother, Diana, Princess Of Wales At Guards Polo Club. The Princess Is Casually Dressed In A Sweatshirt With The British Lung Foundation Logo On The Front Of Her T-shirt. (Photo by Tim Graham/Getty Images)
(Tim Graham/Getty Images)

O próprio short de ciclista usado com tops amplos e meias esportivas é um combo que segue usado à exaustão – e tem influenciadoras que ainda finalizam o visual carregando a Lady Dior, it-bag feita por John Galliano em homenagem à princesa em 1996. A bolsa, inclusive, segue como um dos maiores ícones da maison francesa, repaginada desde a sua criação pelos estilistas sucessores a Galliano e, para a quinta temporada de The Crown, teve uma grande novidade. Além de ser vista na série, a versão mini carregada por Diana, no ano do seu lançamento, durante o prestigiado Met Gala, foi especialmente reeditada em exclusividade para os episódios – e para o guarda-roupa de algumas sortudas. Decorada com strass e cetim azul, ela estará à venda, em edição limitada com apenas 100 unidades. 

O estilo imortal de Lady Di
Diana, Princesa de Gales, no Met Gala usando a bolsa Lady Dior. (Richard Corkery/Getty Images)
O estilo imortal de Lady Di
A bolsa Lady Dior na versão de cetim azul e com strass. (Dior/Divulgação)

A ousadia de Diana, que pode parecer normal para nós em tempos digitais, fugia completamente dos padrões da imagem de uma princesa na época – imagine expor as pernas com um bermuda ciclista na década de 1990 (um escândalo!). Isso porque a sua principal missão parecia sinalizar que os tempos eram outros, que existia voz em uma mulher pertencente à realeza (que não fosse Rainha Elizabeth II) e era possível se mostrar influente de outras formas, que fugissem da tradicional cartilha Real.

Looks icônicos Princesa Diana
(Reprodução/Reprodução)

Por trás de cada look, tinha uma mensagem de liberdade, um poder que ela queria comunicar, deixando de ser mera acompanhante de seu ex-marido, o atual Rei Charles III. Inclusive, o little black dress (foto acima) usado por ela, após notícias relacionadas à traição de Charles, foi um símbolo de autonomia – e, para alguns, de “vingança”. A verdade é que essa forma como Lady Di se expressava a aproximava da realidade de muitas mulheres, se mostrava acessível e inspiradora. A tirava de papel secundário e passava a ser personagem principal, seja com seu par de jeans ou pronta para a festa. Até hoje ela é – e, arrisco dizer, que jamais será alcançada. E olha que a Rainha Elizabeth II teve tempo para isso.

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