Eu sei que algumas pessoas devem estar fazendo contas nos dedos e discordando de mim. No Brasil, Titanic só foi lançado em 16 de janeiro de 1998. Mas a data oficial de lançamento lá fora foi em dezembro de 1997. Ou seja, há 20 anos Jack e Rose se apaixonavam perdidamente nas telonas enquanto o maior navio do mundo (até então) afundava.

A primeira vez que vi Titanic foi no avião, voltando de uma viagem para os Estados Unidos. Eu não tinha idade para assistir ao filme no cinema (a classificação indicativa era de 12 anos), mas ali na poltrona não tinha como minha mãe falar alguma coisa. Foi amor à primeira vista. A história de Rose e Jack, o romance intenso, a tragédia, a tentativa de salvar as crianças. Foi impactante. Viciei.

Assisti ao filme outras inúmeras vezes no ano seguinte. Comprei a trilha sonora, alugava a fita (videocassete era aquela alegria de rebobinar pra ver de novo). O fundo de tela do computador de casa, que eu compartilhava com meus pais, era o casal na proa do navio.

A repetição sem fim de Titanic parou depois de alguns meses, mas eu nunca perco quando passa na TV e nem em eventos especiais no cinema. Só um lembrete nostálgico aqui: teve uma época que, por conta da duração, os canais de TV separavam o filme em duas partes. Dá pra imaginar isso hoje, no mundo do streaming e das maratonas de séries?

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Agora, o filme faz 20 anos e se consolida como um marco do cinema. Escrito e dirigido por James Cameron, custou estrondosos 200 milhões de dólares (naquela época, esse número estava fora de alcance qualquer orçamento cinematográfico) e tem mais de 3 horas de duração. A indústria apostava no fracasso do romance, que tinha como plano de fundo a tragédia de 1912, quando um navio que atravessaria da Europa para os Estados Unidos afundou, matando mais de 1500 pessoas – ou dois terços de todos os que estavam a bordo. Mas o cinema lotou, o público amou e o filme arrecadou 1,8 bilhão de dólares. Por anos, obteve o recorde de maior bilheteria mundial (até lançar Avatar, também de Cameron).

Foi o primeiro encontro de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet. Eles repetiram a parceria de sucesso em Foi Apenas Um Sonho, em 2008. Os dois são alvo constante dos sites de fofoca, que especulam um namoro, mas Leo e Kate insistem que são só muito amigos.

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É óbvio que, 20 anos depois, Titanic continua sendo muito relevante. Acho difícil encontrar outro filme tão unânime em opiniões positivas. De fato, até quem não gosta, acha brega, assiste Titanic. Eu recomendo criar uma tradição de fim de ano (estilo o show do Roberto Carlos). Assim, comemoramos o filme anualmente e podemos contar com o quentinho no coração que só Jack e Rose garantem.

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