Tecidos de fibra sintética viram esculturas a céu aberto
Instalações monumentais de formas orgânicas, tecidas com fibras sintéticas, transformam a paisagem de grandes cidades. As esculturas são da americana Janet Echelman
Foi por acaso que a pintora americana Janet Echelman se voltou para a criação de esculturas de grandes dimensões. Em 1997, ela recebeu um convite para apresentar seu trabalho na Índia, mas os quadros nunca chegaram ao local de destino. Durante a temporada naquele país, Janet caminhava pela praia e um dia observou com mais atenção os pescadores trazendo as redes do mar. Os lindos desenhos formados impressionaram a artista, que encontrou ali a inspiração para um novo caminho de arte. Em parceria com os pescadores, ela desenvolveu algumas esculturas tecidas com as redes. Gostou tanto do processo e do resultado que desde então desenvolve obras fluidas e delicadas de fibra sintética altamente resistente para expor em espaços públicos. Formas que dançam ao sabor do vento e convidam à contemplação. “Estou empenhada em interagir com as pessoas em seu cotidiano, pois não acredito que a arte deve estar separada da vida. Penso que a arte pode ser um catalisador para a mudança”, disse Janet em entrevista a CASA CLAUDIA LUXO. “Existem lugares muito bonitos no Brasil, onde gostaria de expor, como o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. E, em São Paulo, suspender uma obra sobre o rio Pinheiros na ponte Estaiada seria incrível”, diz.