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Inspire-se nas tendências apresentadas Casa Cor 2018

Quarto de bebê que não cai no clichê de gênero e cozinha com ar rústico são alguns dos ambientes

Por Realização e texto: Beatriz Koch | Colaboraram: Danielly Fernandes e Pamela Malva
Atualizado em 8 dez 2020, 11h37 - Publicado em 24 jun 2018, 11h20
 (Renato Navarro/CLAUDIA)
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A Casa Cor acontece no Jockey Club, em São Paulo, até 29 de julho, e as tendências usadas pelos arquitetos são ótimas para se inspirar e copiar. Da cozinha com ar rústico ao quarto de bebê que não cai no clichê de gênero, há inspiração para todos os estilos e necessidades.

Selecionamos ambientes da mostra para você ter ideias e deixar sua casa ainda mais moderna e aconchegante:

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Verde em alta

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

O casamento harmônico entre sala e cozinha norteia o projeto assinado pela Triart Arquitetura, em São Paulo. Em vez de armários, módulos abertos abrigam louças e temperos. “Reforça a ideia de ter tudo à mão com praticidade, proposta frequente nos projetos atuais”, diz André Bacalov, arquiteto e sócio do escritório.

As plantas pendentes, como a samambaia, estão por toda parte – até na estante em estilo farmácia que foi garimpada em antiquário. No vão da escada, a escultura do artista cubano Jorge Mayet também faz referência à natureza. E ganha destaque com a parede pintada de verde atrás dela – vista de um certo ponto, aumenta a noção de profundidade.

Com aparência desgastada, paredes, piso e teto preservam a construção original do Jockey Club. “Passamos algumas mãos de lixa para dar o efeito rústico, chamado destroyed”, explica.

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(Renato Navarro/CLAUDIA)
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Livros antigos amarrados com barbante (ou sisal) compõem o décor da estante

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Genderless

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

Liberdade de gênero é característica essencial na identidade deste quarto de bebê. “Por não ter elementos caricatos, é ótima sugestão para menina ou menino”, diz Natasha Haddad, sócia do escritório MN Arquitetura e Interiores, em São Paulo. A cartela neutra ou pastel, comum nesse tipo de espaço, deu lugar ao verde e ao cinza com toques de laranja e off-white.

Outra premissa importante do projeto é o contato com a natureza. “Frutas, legumes e animais de feltro convidam as crianças à interação”, justifica, ressaltando a importância desses estímulos para os pequenos. Note que a corda aparece do tapete às luminárias pendentes. “Os materiais naturais estão em alta”, revela Natasha.

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(Renato Navarro/CLAUDIA)
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(Renato Navarro/CLAUDIA)

A mistura rústica de lã, ratã e madeira com o papel de parede garante aconchego. O toque lúdico surge nos detalhes. Destaque para o galho suspenso que faz as vezes de cabide. A horta, enfeitada com legumes de feltro, forma um cantinho de relaxamento com a rede e a árvore desidratada

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Uma só cor

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

O que traz para você as melhores lembranças? O designer de interiores capixaba Bruno Carvalho gosta de estar próximo ao céu e ao mar. “Seja no avião, indo para um lugar especial, seja na praia, recarregando as energias”, afirma.

Essa reflexão pautou a decoração da biblioteca, que combina referências aos dois cenários em tons de azul. “Usei sete nuances, do anil ao cerúleo, tom um pouco mais fechado”, diz.

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Embora um ambiente monocromático como este possa causar estranhamento ao primeiro olhar, a proposta é de aconchego – com um resultado marcante. “É um lugar em que me sinto relaxado”, define. Móveis de madeira com design moderno quebram a sobriedade.

As paredes pintadas foram decoradas com quadros e gravuras. A fotografia emoldurada de Flavia K, que capturou o mar em dia de vento forte usando um drone, se destaca.

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Rústico arrojado

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

Quem busca ideias para transformar a casa num refúgio vai se encantar com a proposta da Triplex Arquitetura, em São Paulo. “Repleta de tons verdes e terrosos, a cozinha reproduz o clima de uma cabana sofisticada”, define a arquiteta Adriana Helú Hawilla.

Integrada a uma área de estar, tem piso de pedra em placas de 70 x 70 centímetros. Feita com fios de fibra, a cortina divide espaços sem impedir a entrada da luz natural e a circulação do ar. Os trabalhos artesanais, aliás, garantem a unidade com os demais espaços do ambiente (quarto, sala e banheiro).

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“Na decoração, há cestas de palha, cachepôs de crochê e cerâmicas feitas à mão”, conta Adriana. O acabamento da bancada é de granilite, material popular na década de 1940, que está em alta de novo. Com grânulos pequenos ou grandes, ainda pode ser aplicado sobre piso ou móveis.“É prático e durável.”

Os gavetões com arranjos de cactos e suculentas fazem parte do projeto assinado pelo escritório Daniel Nunes Paisagismo, em Campinas (SP).

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Bem-estar é o foco

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

O mezanino é o ponto alto no projeto do arquiteto baiano Nildo José. “Para construí-lo, o forro foi rebaixado”, explica ele. “É um recurso que otimiza o espaço e traz a sensação de amplitude por criar outro ambiente”, acrescenta.

Ele conta que não é preciso um pé-direito muito alto para copiar. A intenção foi criar uma área de relaxamento e contemplação. “É um cantinho para meditar, ler um livro ou apenas refletir sobre a vida no fim do dia”, diz.

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Pintados de branco, os vasos de metal acomodam plantas tropicais em diferentes alturas e formatos. “São robustas, vistosas e mais resistentes, além de exigir menos iluminação”, afirma Bia Abreu, responsável pelo paisagismo. A cama baixinha resgata o costume dos japoneses de dormirem mais próximos ao chão.

“Eles acreditam que isso reenergiza”, conta Nildo. Um bloco de mármore – ou livros de capa dura empilhados – pode substituir o criado-mudo. Integrado, o banheiro reforça a atmosfera zen ao lembrar o de um spa. No restante do ambiente, do chão ao piso, o revestimento de carvalho dá a sensação de acolhimento.

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

O verde foi acrescentado à casa de um jeito criativo, com vasos pendurados por cabinhos de aço – encontrados em lojas de pesca

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Mix que dá jogo

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

A mistura de revestimentos enche os olhos de quem entra na sala de jantar da designer de interiores Naomi Abe, de São Paulo. No chão, os ladrilhos hidráulicos com desenho geométrico, de autoria dela, trazem um ponto de cor ao ambiente neutro. “Foram inspirados em quadros de Tarsila do Amaral”, conta.

A temática da brasilidade continua nas paredes de cobogós de cerâmica – elemento vazado criado em Recife no final da década de 1920. Para dar um toque atual, Naomi acrescentou um fundo de lâminas de espelho que aumenta a sensação de profundidade.

Outra maneira de inovar é usar papel de parede ou tinta colorida. Entre os móveis, que seguem a linha modernista, o destaque é a mesa de madeira canela. Ao fundo, a cadeira de assento e encosto de palha, com livro e cachepô, decora com charme.

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

No nicho que abriga o bufê, o revestimento é de ladrilho branco com rejunte metalizado. Simples e sofisticado. Os quadros pintados pelo artista baiano Genaro de Carvalho são inspirados em sua mulher

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Lar com afeto

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(Renato Navarro/CLAUDIA)

Uma casa é feita de histórias que, entrelaçadas, constroem uma trama. É nisso que acredita a designer de interiores Melina Romano, estreante na mostra. Neste loft, o conceito se materializa de diferentes formas – a exemplo do ladrilho hidráulico do chão, que remete a uma costura, e da obra da artista Nao Yussa, pendurada na parede.

Peça-chave do projeto, a estante vazada de madeira e latão não só divide cômodos (sem obstruir completamente) mas também acomoda caixas de acrílico que exibem objetos pessoais da moradora – uma xícara, um novelo de lã, fotos… “Quis deixar à vista itens que refletem momentos de vida. O tempo passa e eles vão mudando”, explica a paulistana.

Outra ideia é misturar nuances quentes e frias em um espaço tão pequeno, de apenas 43 metros quadrados. “Azul, mostarda e rosé convivem em harmonia”, explica.

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(Renato Navarro/CLAUDIA)
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(Renato Navarro/CLAUDIA)
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(Renato Navarro/CLAUDIA)

Para decorar o ambiente, Melina usou peças do projeto Garagem – que ressignifica utensílios quebrados de restaurantes. É o caso do vaso de cristal transformado em cúpula de abajur e das louças.

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