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Aposte nas cores fantasia para descansar do castanho ou loiro

Quer aproveitar a quarentena para mudar o visual e ficar colorida? Com essas dicas, será mais fácil do que imagina

Por Gabriela Teixeira (colaboradora)
28 ago 2020, 13h00

A quarentena (ou “sessentena”, como alguns estão chamando) se tornou o momento ideal para sair da zona de conforto e experimentar coisas sempre postergadas. Teve quem finalmente aprendeu a fazer pão, se comprometeu seriamente à uma rotina de exercícios e ainda quem aproveitou o longo período em casa para mudar o visual. Para muitas de nós, cortar, pintar de uma cor inusitada ou mesmo raspar a cabeleira por conta própria deixou a caixinha das ideias e se tornou algo concreto, impulsionado pelo desejo de renovação em meio a dias monótonos, uma vontade de se arriscar fazendo algo diferente do convencional ou uma mera curiosidade de apenas ver qual seria o resultado.

Porém ainda há quem, mesmo há tempos “namorando” a ideia de passar por uma transformação, ainda tenha um pé atrás. A hesitação é compreensível, especialmente para as que desejam pintar o cabelo com uma tonalidade menos tradicional como um azul neon ou um rosa chiclete, por exemplo. Além de certo desapego, as chamadas tintas fantasias exigem uma boa dose de cuidados já antes da aplicação. Mas calma, isso não é motivo para desistir do sonho dos cabelos coloridos! Com as nossas dicas, você vai ver que alcançar aquele tom vibrante em casa não é um bicho de sete cabeças.

Antes de mais nada, saiba que é preciso paciência. Isso porque, ao contrário da maioria das tintas convencionais, as cores fantasias demandam que o cabelo tenha passado por um processo prévio de descoloração. “Elas são superficiais, não agem dentro do córtex do fio, e ficam sobre a cutícula. Para elas aparecerem, o cabelo tem que ser claro. Daí a necessidade de remover a cor natural com o descolorante, a menos que seu tom seja naturalmente loiro”, explica Shirley Oliveira, técnica master da Salon Line. Segundo ela, o tom ideal para a aplicação da tinta fantasia é o 10, também chamado de loiro claríssimo. 

Esta etapa exige muito cuidado, pois mesmo os produtos com ativos como queratina, proteína do leite e camomila, que previnem o desgaste, podem causar danos ao cabelo, especialmente se o fio já estiver fragilizado por danos físicos ou químicos. “Tecnicamente, falamos que o fio ‘emborrachou’, porque ele fica parecendo um elástico velho. E aí a única maneira de recuperar é fazendo o que a gente chama de reconstrução potente”, diz a técnica. 

Ela ressalta que, por se tratar de um dano interno, não é qualquer hidratação ou aplicação incessante de óleos que conseguirá recuperar o cabelo ressecado e quebradiço. E caso o cabelo seja naturalmente seco, o ideal é se jogar na hidratação antes mesmo de descolorir, para deixá-lo menos poroso. “Em um fio ressecado, o produto age com uma força dupla, ‘arreganhando’ cutículas que já estavam abertas para remover a cor natural. Então é importante estar com a cutícula selada e o cabelo saudável, para que o fio não sofra tanta agressão.”

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(o_nozdracheva/Getty Images)

Daí a importância de fazer o teste da mecha para descobrir o quanto o fio suporta. O procedimento também indica o quanto o produto consegue clarear os fios. “Descolorir um cabelo loiro escuro não é igual a descolorir um castanho escuro, que possui muito mais pigmento natural. Então nem todos os cabelos conseguem chegar ao tom 10. No salão, a depender das condições do fio, o profissional pode até descolorir duas vezes”, conta Shirley. Já em casa, continua ela, é comum que a pessoa se sinta satisfeita com o resultado de uma única descoloração, ainda que o cabelo esteja amarelado.

E é aí que está a armadilha. Além dos possíveis danos, uma aplicação incorreta do descolorante prejudica também o resultado final. “Se na descoloração, o tom de loiro claríssimo não fica uniforme, haverá uma discrepância bem visível quando a tinta for aplicada, porque ela vai realçar a falta de uniformidade.” Para evitar que isso ocorra, Shirley orienta que o descolorante seja aplicado primeiro nas pontas, em seguida no meio do cabelo e só então na raiz, que é uma região mais quente e clareia mais facilmente.

Vencida as fases da descoloração e aplicação, é hora de pensar em como manter a cor. Aqui não tem muito segredo: invista em linhas de manutenção pós coloração. Shirley recomenda produtos que tenham filtro UV em sua composição, itens obrigatórios para quem frequenta ambientes como praia ou piscina. Em situações em que for preciso finalizar o cabelo com equipamentos de calor, como prancha e secador, aplique aqueles que são termoativados. Para a hidratação, escolha fórmulas mais nutritivas, com uma carga oleosa mais concentrada. Máscaras com óleo de coco, argan, rícino ou azeite de oliva são indicadas pela técnica para repor a oleosidade que o fio perdeu.

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De todo modo, é natural que após algumas lavagens, a tinta comece a desbotar. “O Color Express, por exemplo, possui como base um condicionador com pigmentos. A medida que você vai lavando, ele vai se desprendendo. A durabilidade costuma ser, em média, de oito à doze lavagens”, explica a especialista. Neste caso, aumentar o intervalo entre uma lavagem e outra também ajuda a esticar um pouco a duração da cor. E o shampoo seco está aí justamente para dar aquele efeito de cabelo limpo sem precisar enfrentar o chuveiro.

Mas o contrário também pode ocorrer e, por um excesso de descolorante, a tinta fixar demais no fio e ultrapassar o período previsto de permanência da cor, tornando difícil sua remoção. “Isso acontece porque o cabelo acabou ficando poroso na descoloração, absorvendo demais a tinta. Mesmo desbotando, ainda ficam resquícios”. Em situações como esta, Shirley aconselha procurar um profissional de confiança para que seja realizada uma decapagem, processo de retirada dos pigmentos dos fios para que eles retornem ao loiro resultante da descoloração.

E não é por estar pintando o cabelo em casa que você vai fazer de qualquer jeito, certo? Para evitar uma baguncinha desnecessária, tenha em mãos os seguintes itens indispensáveis: luvas, uma cumbuca para misturar a tinta, pentes e prendedores para separar o cabelo em partes e por último, mas extremamente importante, um pincel. Dada a viscosidade das colorações, fazer a aplicação com o pincel e não com a mão garante um resultado mais uniforme, evitando assim as temidas manchas.

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