“É primavera, te amo… é primavera, meu amor”, assim diz a música. Mas, na prática, estamos num deserto de opiniões e ideias. Depois da miopia inquisitória de retirar o livro com beijo gay da Bienal, a Fernandona – diva Fernanda Montenegro – é xingada de sórdida. Como assim? Tanta boçalidade que me revira o estômago.
O fuzilamento da menina Ágatha. O discurso-metralhadora do Bolsonaro na ONU. E as flores desabrocham. Será? Como ver beleza em meio à tempestade? Teremos essa capacidade de ver flores entre espinhos? Dizem que a maturidade traz luz à mente e clareia as trevas. Sei não. Nesse quesito sou teen.
E ainda tem o meu Rio de Janeiro que agoniza. Minha celulite que aumenta. Outro dia quis comprar uma calça 44 e não coube. Morri. Faço ginástica, dieta (mentira), leio rótulos de todo alimento e me sinto orca. Acho que na menopausa, a cada mês um quilo brota em sua bunda e barriga. Parar de ler jornal? Desativar o zap no fds? Ligar a TV só no Netflix? Será que precisamos escapar do cotidiano para suportá-lo? Mas prometo admirar as orquídeas nas árvores da minha rua, dar um rolé no Jardim Botânico e catar as flores de jasmim que caem por Ipanema. E você? Vem comigo?
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