E se…
Criar histórias e devaneios na cabeça é um exercício grátis e divertido. Convido você, leitora, a também criar o seu "e se..."
Tenho pensado tanto na hipótese: E se… E se eu ganhar na loteria? E se Mourão assumir a presidência? E se eu voltar a ser grisalha? Um exercício grátis e lúdico – sobretudo quando você está em apuros (financeiros, sempre), é brincar de extrema felicidade dentro de sua caixola. Recostar no sofá, pegar uma Coca Cola geladíssima (vale um rosé), colocar um jazz no Spotify e deixar a mente voar.
Já virei Rainha na Índia. Tive um delírio de morar em Dubai. Mudei rapidamente pra Itacaré. Aquela bolsa que nunca comprei? Pagar um curso de coach? Silicone? E assim a gente entra numa divagação boa, que não tira pedaço. Não vale deprimir. É só deixar a censura baixar e se ver com 20 anos. 70? Morta no caixão no dia do velório? Quem estaria presente? Discursos? Gente rindo ao se encontrar e você geladinha, estirada, esperando pelo forno da cremação? Se a gente planeja nossos aniversários, casamentos, bodas – porque não rola um death plan? Nada mórbido, só cerimonial.
Nesses devaneios, me imagino com uma consultora financeira que gerencia grandes fortunas (claro que virei rica em pensamento). Ela faz diagnósticos sombrios que não fazem cosquinha no meu patrimônio, afinal estou ryka, ryka, ryka. E viajo para a costa Amalfitana, Alter do Chão, Turks and Caicos e destinos bem instagramáveis. Tudo grátis, afinal, são delírios do meu pensamento. Hotel seis estrelas. Óperas acompanhada do Woody Allen. Viajar com a Martha Medeiros pela Amazônia. Comprar um apê em Paris. Minhas filhas estudarem nestas escolas gringas que todo Lava-jato manda seus rebentos. Eu não me preocupar com nada. Só em viver… E nesta diversão desopilante, convido a você leitor, a criar o seu “E se…”.
Leia mais: Desculpe, eles não sabem o que fazem (Lucas, 23:34)