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Manchas na pele: os tratamentos e produtos indicados para vencer este problema

Se você sofre com manchas na pele, é provável que agora, passada a temporada de sol, elas estejam ainda mais aparentes. Descubra os melhores ativos e tratamentos para cuidar do seu tipo de marca e comece já a operação pele lisinha.

Por Fernanda Morelli
Atualizado em 22 out 2016, 23h13 - Publicado em 6 Maio 2015, 05h00
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  • Há quem sempre se protegeu do sol e, de repente, se deparou com manchas no rosto. Assim como existem aquelas pessoas que nunca se cuidaram e, por sorte, não desenvolveram o problema. A questão é que diversos fatores contribuem para o aparecimento dessas marcas na pele. “Pode ser por predisposição genética, idade, exposição a altas temperaturas, distúrbios hormonais, cicatrizes de acne e até uso de anticoncepcional”, diz a dermatologista Mônica Aribi, de São Paulo. O sol, no entanto, é apontado como o principal vilão, pois é ele que desencadeia e potencializa o problema. “A radiação solar faz com que a pele reaja, como mecanismo de defesa, com uma superprodução de melanina, que se manifesta em forma de mancha”, explica o dermatologista Adilson Costa, pesquisador do departamento de dermatologia da escola de medicina Emory University, em Atlanta, nos Estados Unidos. A boa notícia é que rostos que, ao longo do tempo, foram protegidos por algum tipo de bloqueador terão manchas mais fáceis de tratar do que aqueles que quase não receberam cuidados. Ou seja: a prevenção é fundamental. “Valem as recomendações básicas, como aplicar filtro solar com FPS 30, no mínimo, evitar a exposição ao sol entre 10 e 16 horas e, na praia ou piscina, usar protetores físicos, como chapéu, óculos e guarda-sol”, ensina Adilson. Outro tipo de radiação que também pode trazer prejuízos à pele é a chamada luz azul, emitida por computadores, tablets e celulares. “Estudos apontam que essa luz pode ser tão prejudicial quanto a solar”, afirma a dermatologista Valéria Campos, do departamento de laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Nesse caso, o melhor jeito de se defender é usar diariamente um protetor solar com cor de base (ou os dois produtos combinados), pois ele forma uma barreira física e química contra essa luz. A seguir, veja quais são os tipos de mancha mais comuns, os ativos e tratamentos ideais para combatê-los e os truques de make que disfarçam o problema.

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    Tratamento em casa

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    Hiperpigmentação Pós-Inflamatória

    Ocorre quando a pele com alguma inflamação, queimadura, acne ou machucado, por exemplo, é exposta ao sol. Como a área já está sensibilizada, irá produzir ainda mais melanina do que o normal para se defender. São marcas que começam avermelhadas, sem contorno definido, mas, cerca de um mês após o trauma, ganham coloração castanho-clara. A boa notícia é que, em alguns casos, podem ser removidas com facilidade.

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    Ativos indicados

    Hidroquinona

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    Apesar de polêmica (em alguns países é até proibida), ainda é um despigmentante bastante utilizado por aqui. “Ela é efetiva para o clareamento de manchas, mas, a longo prazo, pode causar danos irreversíveis, como marcas brancas na pele”, afirma a cosmetóloga Carla Moraes, professora do curso de pós-graduação em cosmetologia aplicada à estética, do Senac, em São Paulo. O motivo: dependendo da concentração e do uso, ela destrói de vez os melanócitos (produtores de melanina) e, sem eles, a pele fica mais desprotegida.

    Vitamina C

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    Tem o poder de reduzir a intensidade das marcas escuras – não necessariamente apagá-las por completo. A indicação é que seja pura e a uma concentração de 5%.

    Melanose Solar

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    Também chamada de lentigo ou mancha senil, é outro tipo muito comum, causado pelo fotoenvelhecimento. “Costuma aparecer por volta dos 30 anos, principalmente em pessoas de pele clara, quando o efeito de toda a exposição solar acumulada ao longo da vida começa a se manifestar”, explica Mônica Aribi. Esse excesso de sol leva ao aumento da produção de melanina, escurecendo, portanto, a região. As marcas surgem nas áreas mais expostas à radiação, como rosto, braços, dorso das mãos, ombros e colo. São geralmente pequenas, de coloração castanha e não possuem textura ou relevo. Uma vantagem em relação aos outros tipos é que é possível clareá-las significativamente.

    Ativos indicados

    Palmitato de ascorbila

    Derivado da vitamina C, age, assim como ela, despigmentando as manchas – consegue, porém, segundo Sônia Corazza, cosmetóloga e engenheira química de São Paulo, penetrar mais profundamente na pele. A ação antioxidante ajuda ainda a combater os radicais livres.

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    Ácido lático e glicólico

    Quando associados, atuam como uma espécie de esfoliante químico, diminuindo a espessura da camada mais superficial da pele para facilitar a penetração de outros ativos presentes no creme.

    Queratose actínica

    Caracterizada inicialmente como uma mancha pequena com descamação e relevo, avermelhada ou esbranquiçada, também costuma aparecer depois da exposição ao sol. É o tipo mais perigoso, já que tem grande risco de se transformar em câncer de pele. “As regiões mais afetadas são face, lábios, orelhas, colo e dorso das mãos”, diz Valéria Campos. Como os efeitos da radiação solar são cumulativos, pessoas mais velhas (ou que se expõem ao sol com frequência) são as mais propensas a desenvolver o problema.

    Ativos indicados

    Ácido glicólico

    Da mesma família do ácido lático, porém mais agressivo, também atua fazendo uma esfoliação química para diminuir a espessura da pele e parte do relevo da mancha.

    Vitaminas C e E

    Juntas em uma mesma fórmula, são ainda mais potentes: enquanto a vitamina C age oxidando e clareando o pigmento, a vitamina E evita o surgimento de novas manchas.

    Melasma

    O tipo mais comum (e também um dos mais difíceis de tratar) costuma aparecer nas bochechas, testa e buço. As manchas são de coloração escura e não têm bordas definidas. “Ainda não se sabe ao certo por que surgem, mas atingem mais pessoas com predisposição genética e podem estar associadas a distúrbios hormonais, gravidez e até uso de anticoncepcional”, diz Mônica Aribi. Apesar de existirem tratamentos eficazes, não se fala em cura do melasma, mas, sim, em controle.

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    Ativos indicados

    Ácido kójico e mandélico

    Agem desestabilizando o pigmento e impedindo que a melanina se “fixe” na pele. Podem ou não estar juntos na fórmula do creme utilizado.

    Arbutin

    É um ativo relativamente recente. Derivado da hidroquinona, é menos potente do que ela, mas considerado mais seguro. “Atua reduzindo a atividade dos melanócitos, e, portanto, diminuindo a produção de melanina”, explica Sônia Corazza.

    Tratamento em clínicas

    HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS-INFLAMATÓRIA

    Aparelho – VI Peel.

    Como funciona – O peeling químico é uma associação de ácidos como o glicólico, retinoico e fenol, que, juntos, agem no clareamento das manchase no rejuvenescimento facial. O tratamento começa no consultório, com a aplicação dos ácidos. “Depois, o paciente leva para casa um kit com ácido retinoico e vitamina C para complementar o procedimento por mais dois dias”, explica a dermatologista Lígia Novais, da clínica Haute Dermatologia e Estética, em São Paulo. Segundo ela, o processo provoca leve ardência e vermelhidão por cerca de dois dias. “O peeling não é tão profundo, mas a vantagem é que, por não causar tanta descamação e irritação na pele, não exige interrupção das atividades diárias”, diz a médica. Os cuidados básicos, como usar protetor solar diariamente e pomada calmante, fazem parte do processo de recuperação.

    Recomendação – Em média, três sessões (com resultados visíveis a partir da primeira), com intervalos de um mês entre elas.

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    Investimento – Cerca de mil reais por sessão.

    MELANOSE SOLAR E QUERATOSE ACTÍNICA

    Aparelho – Spectra.

    Como funciona – É um tipo de laser que emite pulsos de alta intensidade para clarear as manchas de forma significativa – daí ser indicado para grande parte dos casos. “Os melanócitos absorvem a radiação do laser e são fragmentados, diminuindo, assim, de tamanho. Quando isso acontece, a quantidade de pigmento na região, consequentemente, também diminui, clareando a marca”, explica a dermatologista Karla Assed, do Rio de Janeiro. Mônica Aribi completa: “É como se o melanócito perdesse parte da capacidade de descarregar a melanina”. A máquina pode ser usada em diferentes potências e gera pouco desconforto, de acordo com os médicos. Como não causa descamação ou vermelhidão na face, não exige a interrupção das atividades diárias.

    Recomendação – No mínimo dez sessões, uma por semana.

    Investimento – 400 reais a sessão.

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    MELASMA

    Aparelho – VI Peel e Spectra (veja em Hiperpigmentação Pós-Inflamatória e Melanose e Queratose Actínica) e Clearlift.

    Como funciona – O procedimento une três tecnologias – laser fracionado, luz pulsada e raios infravermelhos. A primeira age removendo as células da camada superficial da pele para promover uma descamação e consequente clareamento do local. A luz pulsada é responsável por diminuir a ação dos melanócitos, causadores da hiperpigmentação. Os raios infravermelhos entram como um bônus, reduzindo a flacidez facial. “O aparelho traz um novo conceito na dermatologia, que é tratar de forma localizada, causando o mínimo de danos à pele ao redor”, diz o dermatologista Paulo Cunha, vice-presidente da Sociedade Internacional de Dermatologia. Segundo os especialistas consultados, o procedimento é indolor.

    Recomendação – Três sessões, sendo uma por mês.

    Investimento – O preço varia entre 800 e mil reais por sessão.

    Disfarce perfeito

    Fique de olho

    Uma manchinha às vezes é mais do que uma marca inofensiva: pode ser uma pinta indicativa de câncer de pele. Veja em quais características você deve prestar atenção (se apresentar uma ou mais delas, procure um médico)

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    Assimetria

    Não é redondinha e pode ter um lado diferente do outro.

    Bordas irregulares

    Apresentam algum relevo.

    Crescimento

    Se a marca tiver aumento repentino, pode ser sinal de perigo.

    Diâmetro

    Não deve ser maior do que 1 centímetro (não é regra, mas, quanto maior a pinta, pior).

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