Comoção e pouca informação marca morte de Sabrina Bittencourt
Ativista ajudou mulheres a denunciar os abusos sexuais cometidos pelo médium João de Deus
No último domingo (3), houve o anúncio da morte de Sabrina Bittencourt, ativista que ajudou a reunir depoimentos de mulheres sobre abusos cometidos por João de Deus. Ao mesmo tempo em que a solidariedade invadiu as redes sociais, houve também a divulgação de algumas informações desencontradas.
A ONG Vítimas Unidas publicou um comunicado confirmando a morte de Sabrina por suicídio em Barcelona, na Espanha. Gabriel Baum, 17 anos, filho da ativista, no entanto, disse que sua mãe teria morrido no Líbano.
Em entrevista à Epoca, Gabriel disse que “nenhuma polícia, governo ou hospital atestará a morte da minha mãe. Não vou dar esse prazer para eles”, disse. “Minha mãe não é propriedade do Estado. O Itamaraty ou qualquer governo corrupto do mundo jamais terá qualquer informação sobre a minha mãe.”
O jovem afirmou que o velório de Sabrina acontecerá em dois ou três dias no Líbano. De acordo com ele, o corpo da mãe será embalsamando usando uma “técnica ancestral”.
À revista, ele disse ainda que Sabrina morreu “em meio a uma comunidade, perto de uma oliveira”, onde deverá ser enterrada. “Ela fez questão de morrer num país em que sempre foi bem tratada e que tinha sua árvore favorita.” Sabrina era judia-serafadita, termo usado para designar os judeus descendentes de Portugal e Espanha.
Sobre o comunicado que dizia que Sabrina teria morrido em Barcelona, Gabriel diz que a presidente da ONG Vítimas Unidas errou. “Eu agradeço e entendo a boa vontade da Maria do Carmo, mas ela se baseou numa informação incompleta, porque falou com a minha mãe na quinta-feira e ela (Sabrina) estava em Barcelona. (…) Ela (Maria do Carmo) não fez por mal.”
Nas redes sociais, personalidades se pronunciaram sobre a notícia.
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