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Pela primeira vez, a voz de uma mulher será ouvida na narração da Copa

Depois de quase 90 anos sendo narrada apenas por homens, a Copa terá a presença de mulheres entre os comentaristas

Por Pamela Malva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
13 jun 2018, 22h57

Desde sua primeira edição em 1930, a Copa do Mundo foi narrada apenas por homens. Agora, quase 90 anos depois, pela primeira vez, três mulheres foram selecionadas para narrar os jogos do vento.

Depois de passarem por um processo seletivo no canal FOX, o “Narra Quem Sabe”, as narradoras Isabelly Morais, uma mineira de 20 anos, Renata Silveira, uma carioca de 28 anos, e a baiana Manuela Avena, de 29, serão as vozes femininas que escutaremos durante o mundial.

Por mais que seja necessário continuar inserindo mulheres no mundo dos esportes, a Fox ainda não divulgou oficialmente se as narradoras seguirão na equipe depois da Copa. Masa ideia é que, cada vez mais, vozes femininas sejam ouvidas no canal.

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Para a Glamour, Manuela afirmou: “Sempre torci para que futebol fosse acessível independente de gênero, idade ou classe social”, um sonho compartilhado por muitas mulheres. Ainda mais depois da onda que tomou as redes sociais, defendendo o direito que as mulheres têm de cobrir o esporte.

Outro processo, feito pelo Esporte Interativo (EI), permitiu pela primeira vez que uma das competições mais assistidas no mundo todo fosse narrada por uma mulher. Depois do processo “A Narradora Lays”, ficou decidido que Vivi Falconi seria uma das vozes na cobertura da semi-final da Champions League, entre os times Real Madrid e Bayern de Munique.

Diferentemente da Fox, o EI ainda não inseriu mais mulheres nas coberturas, além de Vivi. No caso dela, ainda não foi oficialmente confirmada a sua permanência.

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No geral, a história da mulher na narração de futebol teve início em 1971, com Zuleide Ranieri, na Rádio Mulher. Depois disso, tivemos novamente uma voz feminina apenas em 1997 com Luciana Mariano, sendo a primeira na TV.

Depois de 19 anos sem narrar um jogo, Luciana, que é produtora, repórter e apresentadora, foi contratada pela ESPN. Ela está reconstruindo sua carreira desde março, quando foi chamada para narrar um jogo da Europa League.

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Sobre a justificativa que alguns usam para não inserirem mulheres na narração, dizendo que suas vozes e falas são “ruins”, Luciana reage, em entrevista às Dibradoras: “Só vamos poder avaliar isso quando estivermos em pé de igualdade com os homens. Quando forem, por exemplo, 100 locutores no país, 50 mulheres, 50 homens, todos estão fazendo isso há 10 anos, aí a gente pode fazer um concurso e ver quem é melhor”.

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Para ela, e muitas outras profissionais, o que faz um grande narrador, é a experiência profissional. Além da regularidade, do tempo de trabalho, da vivência, do ritmo e da voz imponente.

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Luciana ainda compara as chances dadas aos diferentes gêneros dentro do esporte: “Quando chega na Copa, ele [o homem] sabe que o lateral joga em tal time da Europa, quantas Copas jogou… ele não precisa ler e assimilar toda aquela história em um mês: ele viveu tudo isso. O Galvão Bueno, por exemplo, está fazendo a 12ª Copa dele. E em todas elas, ele esteve presente, conheceu cidades-sede… imagina o que isso não dá de repertório para esse profissional?”

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Quando assistimos um jogo, pode chegar a ser “estranho” ouvir mulheres narrando. Mas isso acontece porque não fomos acostumados com essas vozes, não é comum. No entanto, a partir do momento que uma emissora decide aderir a causa de vez e colocar as mulheres para narrarem frequentemente, a qualidade da narração dessas profissionais aumenta e o estranhamento começa a desaparecer.

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Depois disso, os efeitos só podem ser positivos. Essa iniciativa e esse marco histórico abrem portas para aquelas que sonham em trabalhar com esportes sonharem ainda mais alto, vendo que é, sim, possível chegar onde quiser.

Isabelly, Renata, Manuela e Luciana, respectivamente (divulgação/arquivo pessoal/Reprodução)

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