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O encontro com o infinito no Deserto do Atacama

Nossa editora viajou ao lugar mais seco do mundo, no Chile, para conhecer as famosas e impressionantes paisagens

Por Fernanda Morelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 1 abr 2018, 10h41 - Publicado em 1 abr 2018, 10h41
 (Getty Images/Reprodução)
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Compostas por lagunas, rochas e vulcões, as paisagens do Deserto do Atacama são de tirar o fôlego. Nossa editora Fernanda Morelli foi até lá e divide as experiências mais marcantes do roteiro para você se sentir parte deste instigante deserto sem fim.

Vale da Lua

Pôr do sol no Vale da Lua, no deserto do Atacama.
Sunset in the Valley of the Moon in Atacama Desert, Chile. (Getty Images/Reprodução)

A imensidão do cenário e o silêncio absoluto arrebatam logo de cara. Por ter quase a mesma altitude que a cidade de São Pedro de Atacama (onde ficam os hotéis e pousadas), a 2,5 mil metros acima do mar, costuma ser o primeiro passeio. De origem vulcânica, sem nenhuma vegetação, o vale ganhou esse nome pela semelhança com o solo lunar – e a impressão que se tem ao pisar lá é de estar fora da Terra. No lugar, que já foi mar, erosões desenharam grandes paredes de rocha. A sensação de sermos pequenos se mistura com a emoção de fazer parte da grandiosa natureza.

Lagunas altiplânicas

 

Little pedestrian walkway to Miscanti laguna.
Photo of Laguna Miscante and small walkway which leads to it. That this is bounded by an alignment of small pebbles. In the background, Cordillera de los Andes. (Getty Images/Reprodução)

Se contemplar uma única laguna da região já valeria a viagem, imagine estar diante de duas! Localizadas a 4,3 mil metros de altitude, Miscanti e Miñiques, integrantes da Reserva Nacional Los Flamencos, ficam lado a lado e têm visual repousante. As águas calmas, que durante boa parte do ano ganham intensa coloração azul, espelham a imagem de dois vulcões inativos que se impõem no local. Esse oásis em meio ao clima árido é coroado, ainda, pela neve nas montanhas. Em julho, estão totalmente cobertas, mas resquícios no topo podem ser vistos em outras épocas do ano.

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Salar de Tara

Salar de Tara
(GERMANY OUT) Felsformation auf dem Weg zum Salar de Tara, 100km oestlich von San Pedro de Atacama (Photo by Mitterbauer/ullstein bild via Getty Images) (Getty Images/Reprodução)

A caminhada pelo deserto, em que o único som vem do vento, é pontuada por formações rochosas que lembram esculturas ancestrais. São verdadeiras obras de arte, como o Monje de la Pacana (acima), também conhecido como Pedra do Índio. Quebra a calmaria a aproximação de lhamas e alpacas. Como podem viver tão lindamente em um local árido assim? A altitude (4,4 mil metros) traz algum incômodo. Mas basta andar e respirar lentamente. Aos mais sensíveis, os moradores locais recomendam ainda tomar chá de folha de coca, encontrado facilmente na região, para melhorar a oxigenação e amenizar os sintomas do ar rarefeito.

Piedras Rojas

Piedras Rojas and Salar de Talar
Atacama Desert – Chile (Getty Images/Reprodução)
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Pela proximidade com as Lagunas Altiplânicas, convém visitá-las no mesmo dia. O nome (que significa pedras vermelhas) vem das formações geológicas resultantes da ação da lava dos vulcões. Diante destas deslumbrantes rochas, é servido um café da manhã, com queijos e pães artesanais. Ao pôr do sol, o prazer se completa com vinho e pisco sour, bebida típica com limão.

Gêiseres del Tatio

Geyser erupting activity in the Geysers del Tatio field in the Atacama Desert
Geyser erupting activity in the Geysers del Tatio field in the Atacama Desert, Chile (Getty Images/Reprodução)

A chance de ver esse raro fenômeno natural de pertinho (só acontece onde há vulcões ativos) faz deste lugar um dos mais procurados pelos turistas no Atacama. O encontro subterrâneo da água gelada dos lagos com as rochas quentes provoca enormes jatos de vapor, que chegam aos 85°C e até 10 metros de altura após atravessar a superfície pelas fissuras da crosta terrestre. O espetáculo dançante emociona.

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