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Como saber quando é hora de desistir de algo (e viver mais tranquila)?

Desistir não é sinônimo de aceitar a derrota; especialistas dão dicas para você perceber os sinais de que é melhor abrir mão de algo e ser mais feliz.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 17h21 - Publicado em 23 Maio 2019, 23h18

Desde cedo, uma regra social não falada em voz alta nos direciona a insistir em situações e pessoas até que “dê certo”. O emprego não está bom? Fique nele e agradeça por ter um no meio desta crise! Detesta a faculdade que escolheu? Vá até o fim, talvez você passe a gostar do curso. O relacionamento está parecendo água parada e podre mesmo depois de várias DRs? Inove, apimente, dê mais uma chance.

Não importa se a pessoa está entrando em depressão, desmotivada, sofrendo: desistir nunca é uma opção. Mas por que insistir em algo ou alguém que não faz bem? Para a psicóloga Eliza Melchen, a resposta começa em um medo que o ser humano costuma ter do desconhecido.

“Nos sentimos confortáveis com o que conhecemos, com o que acreditamos dominar. O emprego é ruim, mas sei fazer tudo que é solicitado; o namorado não é dos melhores, mas já conheço todos seus defeitos e lido com eles. Poucas pessoas têm o ímpeto natural de se lançar em situações ou relacionamentos novos por pura e simples insatisfação. Normalmente, é preciso um chacoalhão, uma demissão, um pé na bunda para se mexer”, afirma.

A psicóloga e coach de mulheres Gisele Meter coloca a competitividade de nossa sociedade nessa equação: “Somos criados para não assumir a ‘derrota’, e desistência é sinônimo de derrota para muita gente. Só que essa equivalência não é verdadeira.”

Desistir, na visão das especialistas, pode ser a chance de se dar melhor na vida, de ser mais feliz, mesmo que não haja uma “rede de segurança” visível para esse salto. “Se a pessoa tiver dificuldade para dizer que desistiu, pode falar que ‘abriu mão’, que ‘deixou pra lá’. É a mesma coisa, mas a troca de palavras muitas vezes ajuda a tomar uma atitude e ganhar o bônus de viver com mais tranquilidade”, aconselha Eliza.

A seguir, Eliza e Gisele indicam sinais de que está na hora de desistir – ou de abrir mão, como preferir – de algo ou alguém e reconquistar uma paz de espírito que você talvez nem tenha notado que havia perdido.

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Desista se a situação atual impede que você aproveite boas oportunidades

Você respira fundo arrependida por causa do currículo que não mandou para uma vaga “inferior” à sua, mas na qual trabalharia com mais tesão? Por saber que alguém muito bacana deixou de lhe convidar para um date por você ser comprometida (com alguém que só lhe causa desgosto)? Ter esse tipo de pensamento indica que dar um passo para o lado é uma boa ideia.

Já preparou um discurso de rompimento? Coloque-o em ação!

Ninguém pensa em carta de demissão ou no que falar para romper com alguém se não tiver, pelo menos lá no fundo, alguma intenção de viver sem isso. Falta só a coragem para colocar em prática? Respire fundo e vá em frente, porque a situação ou a pessoa não faz mais sentido na sua vida.

Está na hora de deixar pra lá quando a situação prejudica outros aspectos da sua vida…

O trabalho horroroso impede que você seja uma namorada legal, o namoro péssimo faz sua produtividade no trabalho ou nos estudos cair: se um aspecto da sua vida prejudica outros que não têm nenhum problema, o melhor é tirá-lo de cena e abrir espaço para que tudo fique legal.

… E se torna seu principal assunto com amigas próximas

Você não consegue falar sobre um filme, um livro, um show, porque sempre quer desabafar sobre o boy ou a girl que não suporta mais ou sobre o chefe horrível: sinal claríssimo de que já passou da hora de deixar pra lá.

Ouça o conselho das amigas que falam para você desistir

Quando a situação chega no ponto do item anterior, as amigas percebem e, se forem amigas de verdade, dão um toque de que é melhor se livrar do que está causando tanto assunto negativo. Acredite em quem lhe quer bem.

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Dormir ou se alimentar mal de uma hora para outra pode sinalizar a hora de sair fora

“A pessoa frustrada com algum aspecto da vida pode perder seus padrões, apresentar sinais de insônia ou de sono excessivo, comer cada vez menos ou descontar a frustração comendo demais. É bom ficar atenta”, alerta Gisele. Percebeu isso na sua vida? Alguma amiga notou e falou sobre isso com você? Elimine o que lhe atormenta, porque sua saúde vale mais.

O que você ganha quando desiste do que lhe faz mal

Para Gisele, o maior ganho da desistência é a conquista do autoconhecimento e do amor-próprio. “Surge uma autonomia impensável antes. A pessoa consegue pensar no futuro, fazer planos, irradiar uma luz que estava apagada”, observa a psicóloga.

Eliza concorda e ressalta que “não é uma questão de perder um emprego, uma companhia, mas de abrir espaço para ganhar um trabalho melhor, um parceiro ou uma parceira que acrescente na sua vida”.

Tenha consciência disso: seus projetos de vida não falharam, eles apenas não funcionaram naquelas situações e ao lado daquelas pessoas.

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