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Como abusadores estão usando aplicativos para espionar parceiros

Entenda como os agressores usam apps de espionagem para vigiar a vida dos parceiros

Por Da Redação
22 Maio 2018, 20h51

Com a tecnologia cada vez mais presente nas nossas vidas, é preciso tomar cuidado com um lado obscuro dos aplicativos que, muitas vezes, servem apenas para facilitar o cotidiano. Atualmente diversos apps de espionagem têm sido usados por agressores para seguir suas vítimas e tornar a agressão psicológica ainda mais forte e recorrente.

Segundo o site Vox, esse tipo de abuso acontece a 1 em cada 4 mulheres e a 1 em cada 6 homens. Algumas das ferramentas desses aplicativos possibilitam uma espionagem profunda nos aparelhos dos companheiros, liberando acesso às localizações, mensagens e telefonemas.

Muitos desses aplicativos permitem até que o agressor escute com quem a pessoa espionada está falando, de onde e alguns até permitem que a ligação seja ouvida.

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O mais assustador é que esse tipo de ferramenta é facilmente localizada na web e dá ao abusador um nível perturbador de controle sobre a vida de seus parceiros. Não é preciso nem que alguém tenha acesso à uma tecnologia sofisticada, já que, supondo uma relação abusiva, o agressor já possui acesso ao celular da vítima (seja de forma consensual ou a partir de agressões).

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Esse tipo de espionagem também é usada para conseguir entrar em contas nas redes sociais, monitorar as vítimas e até mesmo para revelar informações pessoais.

Nas lojas de apps dos celulares, por mais que a maioria desses aplicativos sejam pagos, alguns deles não cobram nada, tornando seu download muito simples.

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Enquanto pesquisava sobre o tema, o site Vox se deparou coma história de uma novaiorquina que sofria abusos de seu companheiro e acabou encontrando ajuda em um grupo de apoio. Ela imaginava que ia para os encontros secretamente, mas seu marido havia instalado um aplicativo de localização no celular dela e encontrou o local das reuniões.

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Assim que ele soube para onde sua mulher ia, ele chegou ao lugar onde o grupo se encontrava literalmente chutando portas. A única alternativa dos conselheiros foi chamar a polícia.

Durante a pesquisa, foi identificado que os programas automáticos que lutam contra esses tipos de práticas normalmente não identificam tais apps como problemáticos. isso acontece por culpa dos dual apps.

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Existem dois tipos de aplicativos de localização nas lojas dos aparelhos móveis, de um lado, aqueles para usos “inocentes”, como “encontre seu amigo” e “encontre meu celular”; do outro lado estão apps de espionagem, usados para supervisionar a vida das vítimas. Essa duplicidade dificulta o discernimento entre os apps bons e os ruins.

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Muitas pessoas defendem que esse tipo de aplicativo deva ser retirado das lojas, como a PlayStore – do Google – e a Apple Store, pedir que o app seja apagado por motivos de espionagem abusiva é a mesma coisa que exigir que uma marca de utensílios domésticos retire suas facas de linha, para evitar possíveis agressões com essas facas.

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Além da falta de provas substanciais, os desenvolvedores dos aplicativos poderiam ser prejudicados pela retirada repentina da ferramenta das lojas.

Para o site Vox, os desenvolvedores não são tão inocentes quanto parecem: alguns aplicativos parecem terem sido projetados para uso de pessoas abusivas, de acordo com as pesquisas feitas. Em outras palavras, os desenvolvedores estão agindo de má-fé, fingindo ser legítimos, mas buscando lucrar com o abuso.

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Navegando pela internet foram encontrados, inclusive, blogs que discutem e apontam os melhores aplicativos para espionagem, que redirecionam o agressor para os sites oficiais dos apps.

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O Vox contatou 11 dessas ferramentas com duas abordagens diferentes. Na primeira, na qual mandaram uma mensagem dizendo que queriam espionar o marido, apenas dois dos aplicativos nunca responderam. Os outros até instigaram atividades ilícitas de espionagem. Na segunda abordagem, onde eles pediram ajuda se dizendo vítimas, alegando que foram espionados e exigindo a retirada da plataforma, apenas um app respondeu e o conselho não teve nenhuma utilidade.

Em resposta ao experimento, o Google tomou iniciativas: parou de servir anúncios para os apps usados parta abuso e fez um update nas políticas da PlayStore para serem mais restritos a aplicativos que têm a espionagem como objetivo -até mesmo baniram alguns deles.

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Retirar esses apps do ar, de forma geral, requer muito cuidado, já que essa atitude repentina pode servir de gatilho para uma agressão física que não existia anteriormente.

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Como solução para esse problema, a Apple e o Google (entre outras empresas) deveriam alertar aos seus usuários quando certo telefone estiver sendo monitorado remotamente, mas como definir o monitoramento remoto e como tornar os alertas significativos para os usuários são desafios contínuos.

Definitivamente, é preciso desenvolver melhores métodos para encontrar esses apps de espionagem e restringir seu uso.

Será que um aplicativo realmente precisa de rastreamento de localização como um recurso? Se sim, como o consentimento deve ser obtido? Deve haver notificações contínuas? Tem como dificultar o download desses aplicativos por um abusador para fins ilícitos?

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