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3 mães contam como lidam com os pitacos das avós

Sua mãe e sogra dão vários palpites sobre a educação do seu filho? Veja como contorna essa situação delicada.

Por Maria Flor Calil
Atualizado em 28 out 2016, 11h08 - Publicado em 10 mar 2015, 06h38
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Cristina prioriza a harmonia familiar

Eu costumo dizer que ser mãe, por si só, já é vivenciar julgamentos constantes. Quando se tem mãe e sogra vivas, o julgamento é ainda mais severo. Vivi isso durante toda a minha gestação por conta das escolhas que fiz para mim e para o bebê: o cuidado com meu corpo, o parto natural, a amamentação por livre demanda… e agora por conta da forma de criação com apego, pela qual optamos em casa. Tudo acaba sendo motivo para desencadear palpites. Houve um tempo em que isso realmente incomodava. Hoje, relevo e vejo que muitos dos comentários são feitos para evitar que eu ou meu filho soframos. Procuro sempre pensar por esse prisma para não prejudicar a harmonia familiar.

Cristina Figueira, mãe de Fernando, 1 anos e 2 meses, é fisioterapeuta e empresária e mora em São Paulo

Susane recorre a textos que validem seu modo de criar

Basta anunciar a gravidez que entramos no mundo dos palpites. Eu, que nunca gostei de comentários e pitacos, sofro. E os avós costumam ser campeões na intromissão. É como se não confiassem na nossa capacidade de cuidar da própria cria. Minha mãe já conhece bem meu gênio e não opina muito. Ela nem sempre concorda, me chama de chata, mas respeita. Já meus sogros chegaram a marcar uma consulta com o pediatra que cuidou do meu marido. Não fui e aproveitei para ter uma conversa séria com eles. Não ignoro o que eles pensam, mas mostro meu ponto de vista e muitas vezes mostro textos para validá-lo. Apesar das discordâncias, eles são ótimos avós, e sei que querem o melhor para a neta.

Susane Maciel, mãe de Antonella, 1 ano, é designer e mora em São Paulo

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Clarissa ouve, mas dá uma filtrada

Desde a gestação, estudei muito sobre parto e cuidados com os bebês, me cercando de muita informação. Claro que nada disso foi suficiente quanto me vi com uma recém-nascida nos braços! Quando bate a insegurança, saio perguntando para todas as mães ao meu redor, sempre filtrando e confrontando com as pesquisas que li na gravidez. Os palpites que me deixam mais em dúvida são sempre os das avós. Sei que elas são as mais experientes, mas criaram a mim e a meu marido anos atrás. E muita coisa que elas faziam hoje já se sabe que não é adequado. Os conselhos sobre amamentação são os que mais me irritam, porque muita coisa mudou de uns tempos para cá, e elas continuam achando que o jeito delas é que é o certo. Esses entram por um ouvido e saem pelo outro! Já os palpites sobre combinações de alimentos e temperos para papinhas e truques para a hora do banho e de dormir são sempre bem-vindos. A ajuda de uma avó nessas horas é insubstituível!

Clarissa de Moraes, mãe de Irene, 10 meses, é pedagoga e mora em Recife

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