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“Nada vai tirar minha rotina”: a vida após o diagnóstico de câncer de mama

Com informação e o cuidado da rede de apoio, cada vez mais mulheres encontram bem-estar e saúde de uma vida inteira após seus diagnósticos

Por Sarah Brito
Atualizado em 23 mar 2024, 11h34 - Publicado em 23 mar 2024, 10h00

Todos os anos, mais de 70 mil mulheres são diagnosticadas com Câncer de Mama no Brasil, uma taxa que, para muitas pode significar o começo de uma nova estratégia de vida que impacta a todos que estão em volta. 

Esse foi um dos temas discutidos durante a última edição do Casa Clã 2024, que recebeu as médicas especialistas Debora Gangliato Karina Fontão para tratar da vida após o diagnóstico da doença.

“Ter câncer de mama hoje reforça uma enorme responsabilidade em todas as pacientes. Além de toda ansiedade causada pelo diagnóstico, a mulher ainda tem que se empoderar de algumas informações para ela poder se desafiar e conhecer de maneira assertiva o seu tipo de doença, dando nome e sobrenome a ele. Seja HER-2 positivo ou Triplo Negativo, essas informações reforçam a ideia de que os tratamentos para o Câncer de Mama são completamente diferentes, assim como a sua evolução. E é aí que entra a nossa responsabilidade como profissionais para mostrar a essas mulheres que elas podem perguntar qual é o tipo de câncer que as acometem, para discutirmos com clareza e racionalidade a vida após um diagnóstico”, pontua Fontão, diretora médica de AstraZeneca Brasil.

Além das especialistas, Erika Vissotto, paciente em tratamento para a doença, também esteve presente no debate para compartilhar sua rotina após o diagnóstico de câncer de mama, que, após alguns meses de tratamento, não a impediu de ter bem-estar.

“Após o início do meu tratamento, eu entendi que tinha que preparar meu corpo para o que fosse vir. Eu não tinha acompanhamento nutricional antes do diagnóstico, porém já realizava alguns exercícios físicos diários. Após a informação do diagnóstico e de que o tratamento se iniciaria, em uma conversa com a Dra. Karina, tudo foi ajustado em poucos dias. Alimentação anti-inflamatória, tratamentos alternativos como drenagem, reiki e, claro, musculação. Como não podia ir até a acadêmia, tudo foi pensado para que eu pudesse me exercitar em casa, na sala mesmo. Tudo o que eu mais pensava era que aquilo não iria me derrubar e que nada ia tirar a minha rotina”, relata Erika. 

Um apoio que salva

São em rotinas dedicadas à saúde como a de Erika que o diagnóstico da doença encontra outro significado.

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Segundo Debora Gangliato, a informação coerente e a rede de apoio empática se mostram pilares essenciais para que a vida após seja regida por racionalidade e leveza emocional, que contribuem positivamente no tratamento dessas pacientes. 

“Eu acho que o ponto mais importante neste processo é a informação. Como médica, eu conheço toda a literatura e comportamento dessas mulheres ao receberem essa notícia. Eu vejo as pacientes chegando no meu consultório apreensivas, com medo e receio do que está por vir e a informação nessas horas contribui muito no começo de um tratamento correto. Isso é fundamental. Passar segurança, acolher e se colocar um pouco no lugar nos faz menos blindadas para esta situação. Dar o primeiro abraço, conversar e encaminhar para o tratamento específico dita positivamente o tom deste processo. Tudo isso ajuda”, conta a oncologista.

Dra Debora Gangliato
“Hoje a medicina é capaz de mapear e avaliar a parte genética de cada mulher de maneira ainda mais valorizada e personalizada.” (Mayra Azzi e Marcella Camillo/Reprodução)

E para além das dinâmicas de informação após diagnóstico, o cuidado da rede de apoio contribui para entender que o tratamento contra a doença não necessariamente significa o fim de uma rotina saudável.

“O cuidador, aquele que fica na retaguarda dando suporte ao paciente, também tem que ser cuidado. Isso é um ponto importante, porque você tem toda uma rede de apoio que acaba mudando a sua rotina para melhorar o processo de tratamento. Tentar entender essa complexidade e os sentimento de quem está acompanhando também é muito importante para que esse momento seja passado com leveza e com bom humor”, comenta.

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Quem procura acha, quem acha cura

Com uma tecnologia e medicina a favor de mulheres pacientes, a disseminação de informações coerentes no tratamento acaba sendo protagonista nesse enredo pela busca da cura. 

“Cada vez curamos mais mulheres, e isso é consequência de uma rotina saudável que inclui um tratamento com as melhores medicações e sequência médica assertiva. Um exemplo disso é que o tumor HER-2 é considerado um dos mais agressivos quadros e hoje ele é o mais curado. Não queremos cronificar o câncer, queremos curá-lo para que mais mulheres fiquem livres e nunca mais tenham”, esclarece Gangliato.

“Tudo o que eu mais pensava era que aquilo não iria me derrubar e que nada vai tirar a minha rotina”, conta Erika Vissotto durante talk em Casa Clã 2024

“Hoje, a medicina é capaz de mapear e avaliar a parte genética de cada mulher de maneira ainda mais valorizada e personalizada. Portanto, a mamografia deve ser anual para as mulheres independentemente de fator de risco, mesmo para aquelas que possuem histórico familiar. Uma vez ao ano a partir dos 40 anos de idade e todos os anos até que essa mulher envelheça. Existem exceções em casos de que há a necessidade de acrescentar ressonância magnética de mama na avaliação, porém o exame é primordial todos os anos”, acrescenta a especialista que acompanhou Erika por todo o seu tratamento.

“Eu desejo que a medicina continue evoluindo pois que a cura é possibilidade para todas. Um médico uma vez comentou comigo uma frase que me marcou muito: ‘Quem procura acha e quem acha, cura’. Então não devemos  ter medo, porque para tudo somos capazes. Eu sou prova viva disso.”

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