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Memória, reflexos, concentração: estudos indicam como turbinar o cérebro

Atividades que qualquer uma de nós pode praticar melhoram o funcionamento cerebral e nos deixam muito mais ligeiras no dia a dia.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 12h37 - Publicado em 24 jul 2019, 08h00
Woman's hand showing a hologram of human brain. (Yuichiro Chino/Getty Images)
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Correria o dia todo, compromissos profissionais e pessoais, uma fila legal de séries, filmes e livros eternamente sendo colocada em dia… Chega uma hora que a cabeça cansa, e é normal se sentir sem foco ou perceber que a memória não está lá essas coisas.

Trazemos boas notícias: é possível melhorar o funcionamento cerebral com atividades simples e fáceis de serem adotadas. Conheça, a seguir, cinco delas – tudo testado e comprovado por estudos acadêmicos.

Praticar artes marciais melhora a memória

O treino cerebral para memorizar e coordenar os golpes das artes marciais com a os movimentos do restante do corpo estimula a memória, segundo estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh (EUA).

Dois grupos de voluntários – um com pessoas que praticavam judô e caratê, outro com pessoas que faziam outros tipos de atividades físicas – foram analisados durante 15 dias em atividades orientadas como guardar as chaves em lugares diferentes do usual (em uma carteira em vez de no bolso da calça, por exemplo) ou usar um caminho alternativo para chegar a algum lugar do cotidiano (rota sugerida pelos pesquisadores) e repeti-lo no dia seguinte.

O que se observou foi que as pessoas do grupo 1 tiveram menos dificuldade para puxar informações novas na memória do que as do grupo 2, e isso foi atribuído às características das artes marciais mencionadas ali em cima, no começo deste tópico.

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Jogar tênis de mesa torna os reflexos mais rápidos

Em situações controladas e similares, os pesquisadores da Universidade de Zhejiang (China) observaram os jogadores de tênis de mesa e os nadadores da própria instituição e perceberam que os primeiros têm reflexos mais rápidos que os segundos.

Após análises dos movimentos exigidos em cada um dos esportes, concluíram que isso se deve à necessidade de respostas imediatas e não repetitivas no tênis de mesa, o que torna os cérebros de seus atletas mais preparados para lidar automaticamente com imprevistos.

E aí, já vai marcar uma partida de pingue-pongue com as amigas? 😉

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Meditar aumenta a concentração

Uma pesquisa conduzida no Hospital Israelita Albert Einstein (SP) analisou as imagens neurológicas de 39 voluntários. Em atividades que iam de simples a complexas, os que praticavam meditação precisaram acessar menos áreas cerebrais para concluir o que era proposto do que aqueles que não tinham o hábito meditativo – indício de que a concentração deles era mais desenvolvida.

Curiosidade: nesta mesma pesquisa, constatou-se que o cérebro de quem medita tem mais massa cinzenta em áreas ligadas à atenção e ao raciocínio.

Tocar instrumentos musicais diminui o risco de demência

Conectar-se com as cordas de um violão, as teclas de um piano ou o couro de um pandeiro – ou qualquer outro instrumento que lhe agrade – mantém a produção de neurotransmissores equilibrada e afasta o risco de demência.

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Isso foi concluído em um estudo feito na Universidade de Edimburgo (Escócia) ao longo de duas décadas com voluntários que estavam na casa dos 40 anos no começo e dos 60 no final. Aqueles que se dedicaram à prática de música chegaram à terceira idade com os níveis de neurotransmissores inalterado, enquanto entre os que não se aproximaram de instrumentos musicais houve queda nessa produção cerebral e alguma incidência de início de sintomas de demência, como a perda da memória.

Estudar um novo idioma acelera a compreensão de informações

Após estudar imagens de cérebros de 105 voluntários aleatórios, pesquisadores do University College London (Reino Unido) notaram que a massa cinzenta de 80 deles era mais desenvolvida em uma área do cérebro responsável pelo processamento de informações. Ao verificar o que eles tinham em comum, chegaram ao fato de que todos estudavam um segundo idioma ou já eram bilíngues.

Na prática, isso significa que os 80 voluntários “turbinados” compreendem informações gerais com mais rapidez (não precisam pedir para repetir uma, duas, três, duzentas vezes a mesma coisa). O estudo de idiomas funciona como uma “malhação” para o cérebro.

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