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Exames mamográficos despencam, enquanto câncer de mama avança no país

Estudo recente da Sociedade Brasileira de Mastologia indicou que, com a pandemia, cerca de 800 mil mulheres deixaram de realizar a mamografia

Por Da Redação
6 out 2021, 14h34
Mamografia
 (Foto: Antonio Diaz/Getty Images)
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Um novo estudo publicado recentemente pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicou que, com a pandemia, o número de mamografias realizadas no Brasil foi 42% menor em 2020, comparado ao ano anterior.

Os dados confirmam o alerta de que a paralisação dos serviços de saúde em determinadas áreas e o medo das pacientes de frequentar os centros médicos durante o isolamento ocasionaria uma diminuição brusca na procura e realização de exames de prevenção e, consequentemente, no tratamento do câncer de mama.

A pesquisa, realizada com base nos dados disponibilizados pelo DATASUS, que contabiliza os procedimentos de mamografia realizados pelos serviços públicos de saúde brasileiros, mostrou que, em números absolutos, somente em 2020 foram contabilizados cerca de 800 mil exames a menos nas redes públicas de saúde. Neste caso, dados de instituições privadas não foram incluídos.

Considerando a taxa de detecção da mamografia digital, isso pode significar que cerca de 4 mil casos de câncer de mama não foram diagnosticados de abril, quando os números de procedimentos começaram a cair, até o final de 2020.

Quando apresentados os índices isolados de cada estado, Rondônia, no Norte do país, se mostrou o mais afetado, com uma queda de 67% dos exames de mamografia no referente ano.

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Mesmo com o retorno dos laboratórios e hospitais que realizam o procedimento, a quantidade de mulheres que já colocaram seus exames em dia ainda é baixa e a recuperação dos níveis que se tinha antes da pandemia ainda é uma realidade distante.

Além dos números baixos, o estudo também apontou que dentre as mulheres que já realizaram o exame, houve um aumento daquelas que apresentam nódulos palpáveis e que realizam a mamografia para fins diagnósticos. Em 2019, o índice era de 7%. Em 2020, passou para 7,9%.

Previna-se

Apesar do autoexame ser um procedimento imprescindível para todas as mulheres, principalmente para as que se enquadram na faixa etária entre os 50 e 69 anos, os exames mamográficos de rotina e prevenção são indispensáveis e devem ser feitos regularmente. 

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De acordo com as recomendações de especialistas, a mamografia deve ser feita ao menos uma vez a cada ano ou no máximo uma vez a cada dois anos.

Caso ainda não tenha realizado seus exames neste período de dois anos, aproveite a campanha nacional de Outubro Rosa e marque sua consulta ginecológica afim de cuidar de sua saúde e agendar sua mamografia.

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