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Estresse pode causar acne; entenda por que e saiba como poupar sua pele

É importante recorrer a um tratamento multidisciplinar para preservar sua saúde (cutânea e mental).

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 5 fev 2021, 14h20 - Publicado em 13 set 2018, 23h15
 (gpointstudio/ThinkStock)
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O estresse dificilmente resulta em coisa boa: ele pode causar hipertensão, disparar crises de dor de cabeça, alterar a menstruação e até paralisar uma pessoa. E o estresse também pode afetar – e muito – a sua pele, levando à acne e a outras doenças cutâneas no rosto e no couro cabeludo.

Vamos começar falando sobre a acne, que é a consequência mais comum do estresse sobre a pele. Como uma coisa está ligada à outra?

A resposta está nos hormônios. “O estresse aumenta a produção de cortisol, que causa uma acne mais monomórfica [regular e sem comedões] que pode aparecer também no corpo, não só no rosto”, afirma a dermatologista Michele Haikal.

Acontece assim: o cortisol estimula hormônios androgênios, como a testosterona, que acionam a produção das glândulas sebáceas. Sua presença intensificada no organismo faz com que a quantidade de sebo expelida também cresça, e isso se manifesta na pele como acne.

A dermatologista Patricia Ormiga, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aponta também o hormônio liberador de corticotrofina, que se manifesta em grande quantidade no organismo durante os momentos de estresse, como indutor da produção de sebo.

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O tratamento da acne causada por estresse

Por mexer com diversos aspectos do organismo, a acne causada por estresse pede um tratamento multidisciplinar, ou seja, acompanhado por mais de um tipo de médico.

Para começar, o dermatologista é seu melhor amigo, como tudo que envolve a pele. É ele que vai detectar a causa de sua acne – tanto pela aparência da pele quanto pela análise de seus relatos sobre o dia a dia, os hábitos e a alimentação, por exemplo – e pedir os exames necessários para confirmar em que nível está a alteração do cortisol.

A entrada de um endocrinologista nesta etapa é uma boa ideia, pois o risco de outros aspectos hormonais estarem alterados é alto.

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Com base no nível de alteração do cortisol e do restante do organismo, serão receitados medicamentos específicos para harmonizar os seus hormônios. Ao mesmo tempo é feito o tratamento tópico das lesões. É o mesmo da acne vulgar, com rotina de limpeza e aplicação de produtos com princípios ativos e ativos naturais poderosos contra a acne.

Por fim, é necessário tratar a causa inicial desta acne tão específica: o estresse. Adotar hábitos simples para diminuir a tensão e procurar a ajuda de um psicólogo são duas medidas interessantes para eliminar o estresse de sua vida e cortar o mal da acne pela raiz.

Outras doenças de pele causadas pelo estresse

Além da acne, o estresse pode diminuir a defesa do organismo e causar outros tipos de doenças e problemas na pele. Michele destaca herpes e quebra do colágeno – este último resulta em flacidez e estrias. Patricia aumenta a lista de doenças de pele causadas pelo estresse com a menção das neurodermatites, que nada mais são do que coceiras emocionais.

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Em casos raros, segundo Michele, o estresse pode ter o efeito contrário e baixar drasticamente a produção de cortisol. É nesse cenário que surgem doenças autoimunes como vitiligo e psoríase.

Como o estresse afeta o couro cabeludo

Couro cabeludo também é pele. E, como tal, é afetado pelo estresse.

A consequência mais recorrente é a dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa. O aumento da produção de oleosidade nas glândulas sebáceas inflama a pele e gera descamações brancas incômodas (que destroem qualquer look com blusas e casacos escuros).

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Também pode ocorrer a alopecia areata, outra doença rara do grupo das causadas pela queda do cortisol e aumento da autoimunidade. Sua evolução leva à queda de fios e a clareiras sem cabelos.

Consultar-se com um médico tricologista (especialista em couro cabeludo) é o melhor que você pode fazer ao notar sintomas desses tipos.

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