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Como ser menos afetada pelas preocupações no dia a dia?

Entenda quais são as práticas que podem te ajudar a lidar melhor com as preocupações diárias

Por Lorraine Moreira
10 set 2024, 09h04
Como ser menos preocupada
Excesso de preocupação pode impactar toda a saúde (Maksim Goncharenok/Instagram)
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Anda preocupada? Você acorda, lê o jornal, checa as notícias, os e-mails, leva o filho à escola, planeja o dia, o almoço, trabalha, faz a lista de compras e se pergunta se está economizando… As preocupações parecem não ter fim. O problema é que, quando o corpo descansa, mas a mente não, tudo começa a desandar. Veja aqui uma maneira mais saudável de lidar com as preocupações.

Como a rotina de preocupações diárias nos afeta?

A política, o meio ambiente, a casa, a insegurança financeira, a saúde, o medo de não dar certo e outros problemas levam muitos brasileiros à ansiedade. Não por acaso, o Brasil tem a população mais ansiosa do mundo. Segundo a OMS, 9,3% da população brasileira sofre desse transtorno.

“A sobrecarga costuma vir da soma de pequenas demandas diárias que se acumulam, desde responsabilidades profissionais até questões familiares. O ritmo acelerado da vida moderna, a pressão por produtividade e o excesso de multitarefas podem nos deixar sem tempo para respirar”, explica Marilia Scabora, psicóloga e fundadora da Comunidade Tribo Mãe.

Essa freneticidade faz com que, muitas vezes, na hora de colocar a cabeça no travesseiro, a mente fique repassando tudo o que ainda precisa ser feito. E esse comportamento não sai nada barato: o sono demora a vir, a ansiedade toma forma e a saúde se esburaca – isso tudo com a pressão das redes sociais para que você seja a sua melhor versão.

As redes sociais têm piorado nossas preocupações

Não é raro encontrar vídeos de influenciadores que acordam às 4h da manhã, praticam exercício físico, estudam, têm empresa própria e ainda produzem conteúdos para as redes sociais. Ao mesmo tempo, é bastante comum bater a sensação de comparação ao assistir esses conteúdos.

“Vivemos em uma era de superprodutividade. Uma constante queixa no consultório, entre a faixa etária de 15 até 35 anos, é de que as pessoas se sentem atrasadas ou que não fazem o suficiente”, explica Thaís Bruni, psicóloga comportamental, especialista em desenvolvimento humano e saúde mental.

Além disso, o bombardeio de informações nas redes sociais afeta toda a sociedade. “Gera uma sensação constante de urgência e alerta, podendo potencializar nossos medos e ansiedades, já que estamos expostos a problemas globais que estão fora do nosso controle”, diz Marília.

Quem se dá bem nessa é a ansiedade generalizada e a constante preocupação com o futuro. “Muitos se sentem obrigados a ir atrás de metas que nem desejam. Correr cansa, ainda mais quando você nem se lembra pelo que está correndo“, completa Thaís. 

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A economia do cuidado também afeta as preocupações das mães

O problema se agrava para quem, além das responsabilidades domésticas, trabalha fora de casa. Esse grupo geralmente corresponde às mulheres, que fazem mais de 75% do trabalho não remunerado, segundo a organização global contra as desigualdades Oxfam (Comitê de Oxford para o Alívio da Fome), e enfrentam uma jornada dupla ou até tripla.

“As expectativas que colocamos em nós mesmas, especialmente como mães, também podem aumentar essa sensação de cansaço emocional”, indica Marília.

Preocupacao diaria
Praticar atividades de atenção plena é uma maneira de lidar de forma mais tranquila com as preocupações (Ketut Subiyanto/Instagram)

Que técnicas simples podem ajudar a reduzir o impacto das preocupações do dia a dia?

As preocupações vão surgir todos os dias, quer a gente queira ou não, e aprender a lidar com elas é uma maneira mais fácil de viver a vida. Para isso, as especialistas dão algumas dicas, que podem ser adaptadas para seu contexto:

“Fazer pequenas pausas para respirar e se reconectar com o momento presente pode ser muito útil. A prática de mindfulness [atenção plena] também é uma ferramenta poderosa. Além disso, compartilhar e verbalizar essas preocupações em terapia ou em um círculo de apoio pode aliviar a carga emocional. Reconhecer o que estamos sentindo pode ser transformador”, sugere Marília.

“Não tenha medo de ‘falar’ com você mesmo. Escrever sobre seus pensamentos e sentimentos, criar listas de tarefas e priorizar pelo menos 30 minutos diários para autocuidado podem te ajudar”, recomenda Thaís.

Outro ponto é aceitar que há coisas fora do nosso controle. “Reconheça que fazer a sua parte é suficiente, mesmo quando não podemos controlar a maioria das coisas. Conscientização política e global é necessária, por exemplo, mas pratique-a dentro do seu contexto. Por exemplo, educar seus filhos sobre finanças é uma forma de agir dentro do que você pode controlar”, finaliza a especialista.

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Quando as preocupações são alarmantes

Mas quando as preocupações estão em um nível perigoso? Alguns alarmes, de acordo com Marília, são: se afetam nosso sono, concentração ou relacionamentos. “Quando o cansaço mental se transforma em esgotamento constante ou ansiedade e a mente não consegue ‘desligar’, é importante buscar ajuda. Nosso corpo e nossas emoções sempre nos dão sinais; é essencial ouvi-los.”

Tudo aquilo que te limita acaba sendo uma problemática”, acrescenta Thaís. “Está tudo bem sempre guardar dinheiro, mas você guarda a ponto de deixar de comprar algo essencial? Não é errado você ter um estilo de vida saudável, ativo fisicamente e ter constância, mas seu mundo cai caso um dia você tenha que ficar parado? Preocupação é o que movimenta nossa mente para organização, planejamento e disciplina, mas se essa preocupação te domina, está se tornando prejudicial à saúde mental.”

A importância do sono e da alimentação para ter uma vida mais leve

O sono e a alimentação são essenciais para o equilíbrio emocional. “Quando não estamos bem alimentadas ou descansadas, nosso corpo fica em estado de alerta constante, intensificando as preocupações”, destaca Marília. “Um sono de qualidade é essencial para repor hormônios e manter a saúde mental. Utilizar ferramentas biológicas, como uma boa noite de sono e uma dieta adequada, pode melhorar significativamente a saúde mental”, termina Thaís.

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