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Exausto após usar o celular? Descubra o que é ‘Brain Rot’

O termo surgiu para representar as consequências do consumo de conteúdos de baixa complexidade

Por Beatriz Lourenço
27 jan 2025, 09h00
O termo sugere que nosso cérebro deixa de funcionar corretamente conforme consumimos conteúdo de baixa complexidade
O termo surgiu para representar as consequências do consumo de conteúdos de baixa complexidade (Pexels/Reprodução)
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O termo de 2024 escolhido pelo Oxford English Dictionary foi brain rot. A expressão é usada coloquialmente para descrever um estado de obsessão ou dependência em relação a conteúdos de entretenimento de baixa complexidade.

Por exemplo: alguém pode dizer que “sofre de brain rot” após passar horas consumindo vídeos no TikTok ou diversos posts no Instagram. A ideia, em geral, é expressar que certos tipos de sites ou redes sociais podem “atrofiar” o cérebro. 

As consequências do brain rot

Segundo Ricardo Assmé, psiquiatra e professor do curso de medicina da Universidade Positivo, o consumo excessivo de vídeos curtos com conteúdo superficial e prazeroso pode levar a mudanças comportamentais e cognitivas, como a dificuldade na manutenção de atenção e concentração, no processamento de ideias complexas e na manutenção do esforço cognitivo por longos períodos de tempo. 

Em termos comportamentais, por sua vez, é possível verificar a diminuição na capacidade de socialização. Outro aspecto importante é a redução da sensação de prazer durante a execução de tarefas cognitivas complexas e no resultado delas.

“O prazer na espécie humana é resultado da liberação de dopamina em áreas específicas do cérebro. As atividades geradoras de prazer são aquelas que devem ser reconhecidas como recompensadoras e que, portanto, devem ser repetidas”, afirma o especialista. “Entre elas estão a alimentação, o cuidado com familiares, o sexo e as grandes conquistas.” 

Dopamina “boa” x dopamina “ruim”

Acontece que as atividades do tipo brain rot promovem descarga de dopamina de uma forma mais rápida e intensa, ao contrário da maneira natural, que é lenta e constante. Dessa forma, o gasto excessivo deste neurotransmissor em atividades superficiais leva a uma baixa motivação para atividades mentais que levarão a um resultado real.

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Essa desmotivação leva as pessoas a deixar de buscar soluções, deixar de procurar compreender algo que não saibam ou aprofundar conceitos. “Cria-se uma espécie de ‘preguiça de pensar’, que prejudica de modo geral as atividades cotidianas”, explica Ricardo. 

“Do ponto de vista social, há uma pseudo-socialização geradora de prazer na vida online, mas que não equivale ao envolvimento real entre pessoas que se encontram fisicamente e que podem conversar presencialmente ou discutir problemas vivenciais umas com as outras”, completa.

Como evitar a sensação

Estabeleça limites para o uso de dispositivos: use temporizadores em aplicativos e configure zonas livres de tecnologia, como no quarto ou na mesa de jantar. Esses limites ajudam a reduzir a dependência de telas e permitem mais tempo para interações significativas e descanso mental​.

Pratique atividades offline: dedique-se a hobbies que estimulem o cérebro, como leitura, quebra-cabeças ou um novo aprendizado. Atividades físicas ao ar livre também são ótimas para reduzir o estresse e melhorar a clareza mental​.

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Priorize o descanso e a atenção plena: estabeleça rotinas de sono regulares e pratique mindfulness ou meditação. Essas práticas promovem maior concentração e criatividade​.

Desenvolva hábitos saudáveis de consumo digital: reduza o consumo passivo de redes sociais e escolha conteúdos que exijam engajamento ativo ou reflexão, como artigos mais longos e vídeos educativos​ – isso faz com que seu cérebro trabalhe de forma ativa.

 

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