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Blockout: o movimento que bloqueia famosos na internet

Movimento iniciado em maio de 2024 cobra posicionamento de celebridades nas redes sociais

Por Da Redação
6 ago 2024, 15h00
movimento blockout 2024
À direita, o vídeo de Haley Kalil. À esquerda, outro vídeo pedindo o bloqueio e cancelamento de famosos.  (Reprodução/Reprodução)
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Desde maio, a hashtag Blockout 2024 toma os trending topics nas redes sociais. O incentivo ao boicote onçine de famosos parece ter começado durante o Met Gala 2024, quando celebridades se reuniam no tapete vermelho do Metropolitan Museum of Art, em Nova York, a poucos quilômetros de um protesto a favor da Palestina após ataques israelenses na Faixa de Gaza. Desde então, tornou-se ocorrência quase que semanal.

O que é blockout?

Chamado celebrity blockout 2024 (bloqueio de celebridades 2024, em tradução livre) ou digitine (um trocadilho com as palavras digital e guilhotina), o movimento é um protesto contra a cultura da fama.

A ideia é bloquear pessoas influentes que não usam seu privilégio para se posicionarem sobre crises humanitárias, ou assuntos que afetam a vida de milhões de pessoas.

Ele ganhou força sobretudo a partir de reações a uma postagem de Haley Kalil, uma influenciadora norte-americana com cerca de 6 milhões de seguidores, antes do Met Gala. No vídeo, ela dublava uma frase atribuída a Maria Antonieta (mesmo que sem provas históricas), “deixe-os comer bolo”.

Outra influencer, Rae, do TikTok, é creditada como uma das precursoras do movimento, usando o termo “digitine” para pedir bloqueios à Haley. “Nós lhes demos suas plataformas. É hora de recuperá-las, tirar nossas visualizações, nossos likes, nossos comentários, nosso dinheiro”, disse  na ocasião.

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Rodadas de blockout e celebridades afetadas

De 6 de maio para cá, o movimento desacelerou, mas nunca desapareceu por completo: diversos famosos seguem aparecendo em listas de blockout em todas as redes sociais.

O argumento é de que essas celebridades estariam desconectadas do mundo real, sem utilizar seus enormes números para o bem comum – e, portanto, não mereceriam seus likes.

Mais do que cobrar que elas se posicionem, os usuários esperam gerar consequências reais nas vidas dos bloqueados, reduzindo visualizações e, por sua vez, os seus ganhos monetários nas plataformas.

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Nomes como Kim Kardashian, Taylor Swift, Selena Gomez e Zendaya já foram afetados pelo movimento. Taylor e Kim, por exemplo, chegaram a perder 100 mil seguidores cada.

As razões para os blockouts

Tudo começou com a ideia de que famosos deveriam se posicionar em assuntos que dizem respeito ao bem comum, mas não parou por aí. A ideia se tornou mais ampla, e muitas pessoas acabaram aderindo ao bloqueio de celebridades e influencers por razões variadas.

Entre os motivos comuns para deixar de seguir celebridades estão a busca por autenticidade, com usuários deletando perfis que espalham um recorte muito fictício da vida, proteção da saúde mental (deixando de seguir influenciadores que pregam modelos de vida impossíveis de atingir, afetando a autoestima de seus seguidores) e rejeição ao consumismo exacerbado.

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Com isso, passa a ser necessário que influencers e famosos repensem o tipo de conteúdo que trazem para suas redes, com perfis com sensações mais reais ganhando cada vez mais destaque.

 

 

 

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