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Viaje por um mundo melhor!

Imersão em uma aldeia indígena, hospedagem em um assentamento paradisíaco e oficinas de artesanato com ceramistas experientes: conheça destinos onde seu lazer ajuda o desenvolvimento de uma região

Por Nathalia Cariatti (colaboradora)
Atualizado em 28 out 2016, 10h31 - Publicado em 29 jun 2016, 07h00
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  • Descansar, conhecer uma nova cultura, visitar paisagens deslumbrantes e experimentar comidas exóticas são alguns dos objetivos quando se pensa em viajar. Mas, da mesma forma que precisamos ser responsáveis quando decidimos comprar algo, precisamos pensar no impacto de nossas escolhas ao idealizar um roteiro de viagem. “O turismo pode ser nocivo para os lugares e pessoas quando não é orientado de forma sustentável, podendo gerar aumento da violência, poluição, inflação e gentrificação”, alerta a turismóloga Mariana Madureira, uma das fundadoras da Raízes Desenvolvimento Sustentável, empresa que une turismo e associativismo, e finalista do Prêmio CLAUDIA na categoria Negócios.



    Esses impactos negativos podem ser evitados. Mariana explica que, colocando o envolvimento das pessoas e o cuidado com o lugar em primeiro plano, o turismo se transforma em ferramenta de desenvolvimento  – trata-se do Turismo Comunitário. Aqui, os desejos de descansar ou ter experiências surpreendentes persistem, mas o lazer dos viajantes são revertido em impacto positivo para a região visitada. Movimentando a economia local, o turismo comunitário leva desenvolvimento para lugares desfavorecidos economicamente, mas muito ricos em belezas naturais e atributos culturais.



    Os roteiros são pensados em parceria com a comunidade, de forma igualitária e respeitando o meio-ambiente. ONGs locais, associações e pequenos negócios se articulam para proporcionar a melhor experiência para os visitantes e ao mesmo tempo gerar renda para a comunidade. A importância desse turismo mais consciente já foi reconhecida pela ONU, que anunciou 2017 como o “Ano Internacional do Desenvolvimento do Turismo Sustentável”, ressaltando o potencial da atividade para reduzir a pobreza e proteger o meio-ambiente.



    Como esse tipo de turismo incentiva a imersão e o contato com a comunidade local, esqueça hotéis genéricos, restaurantes estrelados e circular de táxi: você poderá se hospedar na casa dos moradores, comer a comida típica da região e conhecer de perto a sua tradição, história e modo de vida; o que colabora para a autenticidade e riqueza cultural do passeio.



    Ter contato com modos de vida e visões de mundo completamente diferentes dos nossos é um convite à reflexão. É um golpe a uma visão limitada de mundo, sociedade e escolhas humanas” ressalta Mariana frente aos depoimentos de quem se aventurou a experimentar o turismo comunitário. Além do fortalecimento que os roteiros possibilitam aos destinos, seu impacto também é significativo para os visitantes. “As pessoas são transformadas por essas experiências”, completa.



    Conheça 4 roteiros de turismo comunitário pelo Brasil e programe-se!

    Laís Carvalho
    Laís Carvalho ()

    Imersão em Aldeias Yawanawás – Acre

    Porque você deve conhecer:  Você vai vivenciar o modo de vida de uma comunidade indígena na floresta amazônica: seus cantos, rituais e atividades. É uma imersão na cultura Yawanawá em meio à natureza.

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    Porque é turismo comunitário: Todas as atividades, incluindo as refeições e pernoites, são fornecidos pela aldeia, sendo uma fonte de renda alternativa para estas comunidades e para as atividades que realizam.

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    Faixa de preço e duração: Os roteiros pequenos grupos, por 7 dias. R$4.000. Incluí traslado à aldeia a partir de Cruzeiro do Sul (AC), pernoites em redes, taxa da Associação Sociocultural Yawanawá e 3 refeições típicas locais por dia.

    Turismo Consciente: 11 3262 4399 / https://www.turismoconsciente.com.br

    André Dib
    André Dib ()

    Do barro à arte no Vale do Jequitinhonha – Minas Gerais

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    Porque você deve conhecer: Além de visitar a cidade histórica de Diamantina, você conhecerá  a pequena comunidade de Campo Buriti, onde terá uma imersão no processo de produção das cerâmicas do Vale do Jequitinhonha ao lado de uma especialista em arte popular brasileira e também poderá aprender a confeccionar as peças em oficinas realizadas pelas artesãs.

    Porque é turismo comunitário: As comunidade é pobre e chove pouco. Sozinhas, as mulheres lideram os lares enquanto os maridos buscam trabalho em outras regiões e se uniram em associaçoes de artesãs, que recebem turistas interessados na cerâmica. O turismo não só se tornou uma fonte de renda fundamental para a região, mas também uma forma de unir e fortalecer essas mulheres, aumentando a autoestima da comunidade.

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    Faixa de preço e duração: O roteiro de 6 dias terá a próxima saída no período de 19 a 24/07/2016 saindo de Belo Horizonte. R$3.500. Incluí hospedagem em Diamantina e em Campo Buriti, traslado entre cidades, refeições na comunidade, passeios para conhecer o artesanato local e oficinas de modelagem, oleio e pintura com acompanhamento de uma curadora de arte.

    Raízes Desenvolvimento Sustentável: 11 2373-0036 / marianne@raizesds.com.br

    Rede Tucum
    Rede Tucum ()

    Comunidades Tradicionais de Caetanos de cima – Ceará


    Porque você deve conhecer: Além da paisagem litorânea deslumbrante, você estará imerso em uma comunidade formada por pescadores e agricultures descendentes de índios e sertanejos, tendo a oportunidade de conhecer suas atividades culturais tradicionais, como a Dança do Coco, e provar da gastronomia típica, como o Grolado.

     

    Porque é turismo comunitário: O turismo é um forma de garantir às populações tradicionais a permanência em seu território, que há 28 anos integra o Assentamento Sabiaguaba, dando visibilidade às lutas sociais para reconhecimento das comunidades participantes e possibilitando a continuidade das atividades econômicas tradicionais.

    Faixa de preço e duração: Roteiro de 2 dias incluindo translado para Fortaleza (CE), passeios locais, hospedagem em chalés ou casas de famílias e refeições. Diárias para duas pessoas custam a partir de R$ 120 e refeições a partir de R$ 25

    Rede Tucum: (85) 3226.2476/ https://www.tucum.org

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    André Dib
    André Dib ()

    Ecoturismo e aventura no Vilarejo de Capivari – Minas Gerais

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    Porque você deve conhecer: Situado no Parque Estadual Pico do Itambé, Capivari tem uma paisagem natural é estonteante, com lindas cachoeiras e trilhas pela Serra do Espinhaço, o destino atende tanto aqueles gostam da tranquilidade do campo como os que preferem as aventuras de trilhas. O pequeno vilarejo, herança da atividade mineradora no século XVII, conta com apenas 600 habitantes e ao hospedar-se na casa de um deles você estará em contato direto com sua cultura e modo de vida, além da culinária típica.

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    Porque é turismo comunitário: O planejamento e organização de coletivos permite realizar melhorias na qualidade de vida dos moradores. Ao mesmo tempo que se implanta uma atividade turística sustentável condizente com a realidade local, é gerada renda para o vilarejo.

     

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    Faixa de preço e duração: O roteiro de de 4 dias custa R$ 1.280 (por pessoa, minímo de duas), ou R$1.390 (individual). Incluí traslado desde Belo Horizonte (MG) 3 pernoites em pousadas domiciliares, refeições, condutores para as trilhas e seguro viagem.

    Andarilho da luz: (31) 3494-2727 / www.andarilhodaluz.com.br

    Laís Carvalho
    Laís Carvalho ()

    Comunidades Tradicionais em Alter do Chão – Pará

    Porque você deve conhecer: As praias de areias brancas, água cristalina e mata de igapó somam as belezas naturais intocadas da região. Além do visual estonteante, que reúne passeios na praia e na floresta, você estará em contato com as comunidades ribeirinhas tradicionais e com os projetos que desenvolvem, como artesanato, manejo de abelhas, criação de peixes e plantio de seringueiras.

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    Porque é turismo comunitário: Alimentação, hospedagem em pousada comunitária, transporte, guiamento e passeios são prestados majoritariamente pelas comunidades da região.

    Faixa de preço e duração: Com saídas regulares, o roteiro tem duração de 6 dias. R$2.990 por pessoa. Inclui Inclui traslados entre o aeroporto de Santarém (PA) e Alter do Chão, e comunidades visitadas; hospedagem, refeições, passeios e seguro viagem.

    Turismo Consciente (11 3262 4399)


     

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