Testes com vacina da Johnson & Johnson’s contra Covid-19 são pausados
Segundo documento enviado à pesquisadores do ensaio clínico, uma "pausa regulamentar" no estudo feito com 60 mil voluntários deverá ser cumprida
Os testes feitos com a vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela Johnson & Johnson’s, foram pausados devido a uma doença inexplicada em um participante, de acordo com comunicado divulgado pela companhia na última segunda-feira (12).
Os pesquisadores deverão cumprir uma “pausa regulamentar” nos estudos feitos com 60 mil pacientes. O sistema online usado para inscrever voluntários para os testes foi fechado e o Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança, um órgão independente que zela pela segurança dos pacientes, foi convocado.
Em comunicado oficial, a Johnson & Johnson’s afirmou que a doença do paciente está sendo “analisada e avaliada pelo Conselho de Monitoramento de Segurança de Dados independente ENSEMBLE (DSMB), bem como por nossos médicos clínicos e de segurança internos”.
Além disso, a empresa também ressaltou que “eventos adversos – doenças, acidentes, etc. – mesmo aqueles graves, são uma parte esperada de qualquer estudo clínico, especialmente grandes estudos”.
Vale lembrar que, em setembro, os testes da vacina de Oxford, feita em parceria com a AstraZeneca, foram suspensos após verificada reação adversa em um dos pacientes. Os estudos foram retomados seis dias depois da interrupção.
A vacina desenvolvida pela farmacêutica Janssen Pharmaceuticals, da J&J, recebeu o nome oficial de Ad26.COV2.S. No Brasil, foi a quarta vacina contra a Covid-19 a obter autorização de testes de fase 3, em agosto. No mês seguinte, a empresa anunciou que começaria a terceira etapa em todo o mundo, com 60 mil voluntários. Desses, 7 mil são brasileiros, segundo a Anvisa.
Além dessa vacina, após ser testada com 50 mil voluntários, a imunizante chinesa contra o novo coronavírus se mostrou segura, segundo pesquisadores chineses. Chamada Coronavac e desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, ela também está na fase 3 de testes.
De acordo com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se tudo correr dentro do cronograma estipulado, os testes sobre a eficácia do imunizante chinês ficam prontos em novembro e a vacinação poderá começar a ser feita a partir da segunda metade de dezembro.
Além da Coronavac e da vacina da Johnson & Johnson’s, a vacina da Oxford e a da Pfizer + BioNTech também se encontram na terceira fase de estudos. Esta é a última etapa de estudo antes da obtenção do registro sanitário que tem por objetivo demonstrar sua eficácia.
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