Tatuagem é principal pista da polícia para prender Paulo Cupertino
A frase "marginal... sempre marginal" está gravada nos antebraços do principal suspeito de assassinar Rafael Miguel e os pais dele
A Polícia Civil de São Paulo afirmou que já possui pistas que podem levar à prisão de Paulo Cupertino Matias. O homem é o principal suspeito de assassinar o ator Rafael Miguel e os pais dele no último domingo (8).
Segundo a corporação, o foragido possui tatuagens nos antebraços com a frase “marginal… sempre marginal”. Policias saíram em busca de Paulo com fotos do comerciante.
A filha Isabela, que era namorada de Rafael Miguel, diz que o fato de o pai ainda estar solto aumenta sua tensão.
“Eu preciso chorar e aceitar, porque estou com a sensação de que ele vai voltar. Eu não quero esquecer, mas não quero remoer. Eu só quero ter paz. A situação é extremamente dolorosa e triste. Está me tirando do eixo.”
Ela é categórica ao afirmar que não voltará para a casa. “Um ambiente extremamente tóxico, com lembranças ruins. Eu não tenho motivos para estar lá”, disse. “Nem que desse eu voltaria para lá. Não tem a menor possibilidade. Nunca foi um lar.”
Enquanto isso, ela está abrigada na casa de uma amiga e está em contato com o irmão e a mãe.
Em entrevista ao Balanço Geral, da Record TV, a mãe de Isabela afirmou que foi vítima de violência doméstica durante 21 anos.
Entenda o caso
O ator Rafael Miguel, que interpretou o Paçoca de “Chiquititas“, morreu no domingo (8) aos 22 anos, assassinado juntamente com seus pais.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, Rafael, acompanhado dos pais João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50, estava dando uma carona a Isabela, de 18 anos, até sua casa. Ao chegarem, Paulo se aproximou e matou os três.
Em depoimento na segunda-feira (10), Isabela contou que o pai tinha uma arma em casa há anos. Ela também afirmou que ele descobriu seu namoro com Rafael através de mensagens trocadas entre o casal em 2018 e proibiu o relacionamento, alegando que o ator “não era uma pessoa de bem”.
A mãe de Rafael abraçou o filho caído no chão, para tentar protegê-lo, e então também foi atingida e morta. Antes de fugir, o acusado, Paulo Cupertino, também matou o pai de Rafael.
O atirador está foragido desde o domingo, mas a polícia localizou na última terça (11) o carro que teria sido usado na fuga. O veículo é clonado e foi encontrado a cerca de 21 quilômetros do local do crime.