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Projeto de moda social criado por brasileira vende peças de roupa criadas por refugiados no Quênia

L’Afrikana utiliza tecidos africanos de alta qualidade e mão de obra local, para produzir peças de roupa, estampas e objetos de decoração

Por Ana Carolina Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 28 out 2016, 12h32 - Publicado em 8 fev 2016, 07h15
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  • Foi durante uma viagem para o Quênia, para a conclusão de um curso de teatro comunitário, que a catarinense Renatha Flores conheceu de perto a dura realidade dos refugiados congolenses, burundinenses e ruandeses que viviam no país fugitivos das guerras civis e da miséria.

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    Encantada pela riqueza cultural local, ela se associou a Jacob Mkombozi, Majaliwa Ekela e Simbi Lokole Há dois anos, eles criaram juntos a L’Afrikana, um projeto de moda social que utiliza tecidos africanos de alta qualidade e mão de obra local, para produzir peças de roupa, estampas e objetos de decoração.

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    “Nós somos vizinhos, amigos e parceiros, foi o amor e a amizade que deram a base para esse trabalho”, conta Renatha. “Eles tem uma situação de vida muito difícil. Uma dessas pessoas próxima a mim e muito querida tem mais de 600 cicatrizes no corpo de facadas, sua esposa já foi estuprada diversas vezes, inclusive um dos filhos deles é na verdade de ‘um inimigo’ de uma milícia que a atacou”.

    L’Afrikana
    L’Afrikana ()

    L’Afrikana
    L’Afrikana ()

    L’Afrikana
    L’Afrikana ()

    Os produtos são destinados para o mercado brasileiro e argentino – e o dinheiro arrecadado vai para bancar o projeto, que acolhe os artistas e suas famílias. “No Quênia eles não tem uma vida fácil. São todos refugiados de guerra e chegam ali, num dos lugares mais pobres do mundo e acabam pegando doenças que nunca pegaram na vida”, lamenta. “Vira e mexe alguém pega malária, nós inclusive, ainda com seis meses de projeto perdemos uma pessoa, então é bem complicado”, conclui.

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    Cada coleção é idealizada e confeccionada com inspirações diretas das culturas tribais, urbanas ou religiosas de origens diversas – só no Quênia são contabilizados 54 diferentes tribos.

    Os envolvidos na produção das peças vendidas pela marca trazem histórias de superações de horrores como estupros, assassinatos, torturas, fome e fuga. Para permitir que os refugiados tenham um crescimento mais sólido e saudável, o projeto oferece ainda atendimento psicológico.

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    Por enquanto as vendas acontecem somente em Florianópolis e, a partir do dia 20 de fevereiro, também na loja colaborativa Cada Qual, em São Paulo. O grupo planeja inaugurar em breve um serviço de e-commerce.

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