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Demissão na pandemia e brigas de família levam mulheres e crianças às ruas

A questão se torna cada vez mais grave, com mulheres expostas a violências e buscando alternativas para garantir alimento e estabilidade para os filhos

Por Patricia Monteiro
19 jul 2021, 16h00
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ão é preciso muito tempo transitando pelas ruas da maior metrópole do país para perceber que a pobreza aumentou no último ano e meio. Em frente à Catedral da Sé, no marco zero de São Paulo, e nos arredores, barracas azuis de camping têm se transformado em lar para cada vez mais gente.

Se, historicamente, a população em situação de rua é majoritariamente masculina, a crise econômica acentuada pela pandemia da Covid-19 tem levado novos grupos à situação de vulnerabilidade. No último Censo da prefeitura, de 2019, eram 24 344 pessoas vivendo em calçadas, logradouros públicos ou abrigos temporários. Ainda que seja preciso esperar o segundo semestre para um novo Censo, já se sabe que a desigualdade social aumentou, afinal, fome e insegurança alimentar viraram manchete de jornal.

Faltam 15 minutos para as 4 da tarde de um sábado. Um vento gelado atravessa as ruas do centro e as pessoas esperam pelo lanche da tarde servido no Chá do Padre, um dos núcleos de convivência para adultos em situação de rua conveniados da prefeitura. Administrado pelo Serviço Franciscano de Solidariedade (SEFRAS), o espaço recebe cerca de 1,3 mil pessoas por dia para as três refeições diárias, além de oferecer atendimento jurídico, social e atividades socioeducativas.

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Isabel Costa dos Santos, 23 anos, parece alheia ao frio. Saindo do Chá do Padre, ela passa pela fila levando um marmitex, dois potinhos de sobremesa e o filho, Lorenzo, 1 ano, nos braços. Ela não vai esperar pelo lanche. À procura de um centro de acolhida, foi encaminhada para a Sé, onde deve procurar pelos “coletinhos verdes”, como são conhecidos os funcionários do Serviço Especial de Abordagem Social (SEAS), que podem ajudar a encontrar uma vaga de abrigo.

Isabel não mora na rua, mas em uma ocupação autônoma formada embaixo do Viaduto Alcântara Machado, na Mooca, onde estão aproximadamente 150 pessoas. Quando as medidas de isolamento social começaram, em março do ano passado, Isabel estava radiante, depois da descoberta de uma gravidez tão aguardada. “Eu achava que não podia ter filho, mas ele veio”, diz ela, olhando para o bebê sorridente, protegido um casaco com capuz.

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Ela morava com o companheiro em um barraco dentro da Fabbrica 5 (antiga boate ocupada em 2018), mas ele sumiu após ela contar da gravidez. Sozinha e tendo perdido seus documentos de identidade, Isabel ficou com medo de que o serviço social tirasse o filho que tanto desejou e foi pedir ajuda. O pai e a madrasta receberam Isabel e Lorenzo na Zona Sul, onde ela começou a trabalhar em um mercado de bairro.

“Nada dura para sempre, né? Hoje eu estou aqui, mas a gente tem que ser humilde, não se sabe o dia de amanhã. Dificuldade todo mundo passa”

Sandra da Silva

 

 

Com a pandemia, porém, acabou sendo demitida: “Disseram que não dava mais para me pagar, que não estava entrando dinheiro suficiente, porque a venda de pão tinha diminuído bastante. Fiquei desempregada”, conta. Foi aí que as desavenças em casa começaram, quando a família passou a zombar do fato de ela estar sozinha e a reclamar de sua falta de trabalho. No ápice, ela foi acusada de roubo pela madrasta e saiu de casa.

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As razões para se estar na rua ou em um centro de acolhimento são múltiplas, mas, de acordo com a pesquisa de 2019, 50% das pessoas afirmaram terem tido problemas familiares – conflitos, separações e morte dos pais são alguns exemplos. A perda de emprego representava 23%. Após ter recebido as parcelas de auxílio emergencial do governo federal no valor de 600 reais, Isabel hoje se vira com 150 reais de auxílio e um cartão-merenda no valor de 100 reais, por ter matriculado Lorenzo na creche.

Dificilmente essas mulheres ficam paradas. “O auxílio não dá nem para o leite e a fralda. A gente vai, faz um corre, uma faxina”, diz ela. Para se alimentar ou conseguir roupas e produtos de higiene, a peregrinação é intensa e os espaços de assistência se repetem. “Geralmente, vou ao Bom Prato (programa do governo do estado) ou ao São Martinho (centro comunitário na Mooca). Compro lanche, salgado. Amanhã eu vou procurar doação.”

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Na Tenda, como a ocupação do Alcântara Machado é conhecida, também está Fernanda Cristiane dos Santos Martinho, 33 anos. Ela chegou há dois meses. Em uma cama grudada à sua dorme sua filha, Maria Julia, 5. Na rua, poucas histórias são lineares e a pandemia só serviu para aprofundar trajetórias que já eram difíceis, como mostra Fernanda. Em dezembro de 2020, com o fim do auxílio emergencial e recém separada, ela optou por deixar temporariamente a filha com o ex-companheiro no barraco onde moravam – ele também tinha sido dispensado do emprego por ser parte do grupo de risco da Covid-19.

Em busca de trabalho, ela usou os benefícios recebidos para fazer a mudança e mobiliar a casa nova, em um prédio ocupado pelo Movimento dos Sem Teto do Centro (MSTC). Com a volta das restrições mais severas de combate à pandemia, no início deste ano, seu plano foi por água abaixo. “Não tive a quem recorrer. Não tinha agência aberta, amigos, bar, estava tudo fechado. Eu passei necessidade”, lembra ela, que, naquele momento, contava apenas com 178 reais mensais do programa Bolsa Família.

Na maioria das ocupações de movimentos sociais, há um pagamento mensal para as contas coletivas. “Só de contribuição era 220 reais, fora conta de luz, alimentação, coisas básicas. Começou a ficar apertado”, ela diz. “Eu fazia um bico ali, uma limpeza lá, dava um jeito, mas chegou uma hora que eu não tinha o que fazer. Se as pessoas que têm estudo, têm faculdade, não estão arranjando emprego, imagina eu. Com passagem, sem o segundo grau completo, com uma filha e solteira…”, fala ela. “Ninguém dá emprego.”

Fernanda dobra roupa
Fernanda Martinho se sente segura na ocupação Alcântara Machado. Ela quer ficar ali até a colocar a cabeça no lugar e buscar um abrigo (Patricia Monteiro/CLAUDIA)

Para garantir necessidades básicas pessoais e dos filhos, muitas mulheres buscam acolhimento nos abrigos da prefeitura. No caso de Fernanda, a ocupação do Alcântara Machado oferecia a possibilidade de tempo e espaço para se organizar ao lado da filha. Ali não é cobrado contribuição nem para a alimentação, feita de forma coletiva no espaço, que chega a receber até 450 pessoas de fora por dia para uso dos banheiros, acesso a agentes de saúde ou atividades culturais.

“Eu precisava respirar. Acordar todo dia pensando como vou comer não é legal.” A ideia agora é sair para, como ela mesma diz, evoluir. Fernanda quer voltar a ter regras e horários, atrapalhados pela pandemia. “Vou procurar vaga de abrigo para sair daqui com a Maju, mas eu preciso me estruturar primeiro, principalmente a minha cabeça. Aqui eu sou muito bem acolhida. A gente tem o cuidado que precisa”, diz Fernanda.

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Baixinha e com a voz rouca, ela não parece frágil. “A gente é forte e o povo esquece que a gente precisa de cuidado.” Desde que chegou, Fernanda já conseguiu um trabalho em um bar ali perto e mantém a filha na escola, também no bairro, onde ela busca e devolve as tarefas de casa. “A pandemia acabou com a rotina que ela tinha, que sempre foi prioridade. O abrigo vai ser bom por isso. Para a rotina dela. Por mim não, eu me viro.”

fila de pessoas para retirar comida
Nos locais que distribuem comida, as filas só aumentam. Apesar das vagas em abrigo não estarem esgotadas, a falha do sistema unificado dificulta encontrar espaço para todos (Patricia Monteiro/CLAUDIA)

Autonomia

Para o Padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, que atua há mais de 30 anos com essa população, a pandemia não é a única explicação para o aumento de pessoas nas ruas, mas ela acaba tendo um peso distinto para as mulheres. “É um conjunto de fatores. O número de mulheres com crianças cresce acompanhando o desemprego delas, do companheiro, e aí sobe a intolerância de convivência por questões de subsistência”, diz o pároco.

“A mulher é mais penalizada na medida em que ela também é mais explorada e continua sendo objeto na rua”, explica ele, que todos os dias serve café da manhã no Núcleo de Convivência São Martinho de Lima, além de atender pessoas na Paróquia São Miguel Arcanjo, onde atua. Uma das maiores críticas do Padre Júlio é a falta de autonomia que esses espaços de abrigo coletivo impõem.

“Se você pegar os centros de acolhida, a única novidade é que os de hoje têm tomada pra carregar celular. De resto, é a mesma estrutura desde a década de 1940: hora para entrar, para sair, para comer e tomar banho. É uma vida tutelada. Não pode nada. É como se estivesse num convento”, ele diz.

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“A gente parte de um princípio de que a população de rua é incapaz de se gerir, porque quem se autogestiona está morando no condomínio, mas tá cheio de matusquela em condomínio. Você acha que só se usa crack na Cracolândia?”, pergunta. Para Lancellotti, a melhor saída são alternativas que promovam a autonomia, como repúblicas mantidas pelos habitantes ou o programa Locação Social, onde o valor pago de aluguel representa 10% da renda que a pessoa consegue fazer, mesmo que seja, por exemplo, 300 reais. Dos 101 centros de acolhidas existentes hoje, oito são repúblicas para jovens e seis para adultos.

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Vagas ociosas

De acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, desde o início da pandemia foram criadas 1 092 vagas em espaços emergenciais (centros esportivos e CEUs), 260 vagas em um centro de acolhida para famílias e 807 para hospedagem de idosos na rede hoteleira. Em maio de 2020, o Ministério Público havia enviado uma recomendação ao então prefeito Bruno Covas (PSDB) de que fossem criadas pelo menos 8 mil vagas para a população em situação de rua em espaços vagos da rede hoteleira, além em prédios públicos ociosos.

“Não é todo bairro que aceita ter centros de acolhimento. Para abrir serviços para idosos precisa ter acessibilidade, você não consegue alugar uma casa, um sobrado, porque tem escada. Existe uma série de dificuldades para a abertura do serviço”, diz a secretária Berenice Gianella. Outro obstáculo para quem quer abrigo é a ausência de um sistema unificado, o que muitas vezes complica o acesso a vagas que, segundo as planilhas, estão ociosas. “O que a gente não tem hoje é falta de vagas, mas um problema de sistematização dos dados. Estamos aguardando que a Prodan faça essa centralização e nos entregue até o final de agosto”, afirma Berenice.

Mulher com dois filhos
Sandra da Silva com Thiago e Bruna. O garoto quer ser presidente e instituir auxílio de alto valor para mães e mulheres solteiras: “Os homens que mentirem eu não vou dar” (Patricia Monteiro/CLAUDIA)

Se não há vagas disponíveis na região central, onde a demanda é mais alta, os assistentes sociais deveriam ser capazes de localizá-las em outras regiões, o que nem sempre acontece. Sandra da Silva, 33 anos, já dormiu nas ruas do Brás com seus dois filhos, Bruna, 6, e Thiago, 8, esperando a van dos “coletinhos verdes”. No ano passado, sua vaga de emprego em um posto da Prefeitura foi fechada pela pandemia e ela se viu sem alternativas.

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“Cheguei a ligar para o 156, eles pedem para aguardar três horas no local. Eu esperava, sem banheiro, sem nada. Quando ligava de novo, porque estava demorando, falavam que não tinha sido aberto nada, que tinha que abrir de novo a solicitação”, conta. A saga durou duas semanas e, se na rua os homens estão à própria sorte, as mulheres estão ainda mais expostas. “Vinham homens e perguntavam: ‘Opa, cadê o pai? Ô, criança linda’. Eu tinha que disfarçar e dizer: ‘Meu marido está vindo ali’, para irem embora. Sabe como é homem, né? Não pode ver mulher”, fala Sandra.

Depois de passarem por três abrigos, Sandra e as crianças conseguiram um quarto no Centro de Acolhimento Especializado para famílias Art Palácio, aberto em dezembro, em um antigo hotel. “Lá é maravilhoso, tem quarto, televisão, banheiro”, diz. Com mais estabilidade e autonomia, Sandra, que complementa a renda vendendo balas na rua, espera que as coisas possam melhorar e que ela, formada em design de sobrancelha e de cabelo, encontre emprego em um salão de beleza.

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“Nada dura para sempre, né? Hoje eu estou aqui, mas a gente tem que ser humilde, não se sabe o dia de amanhã. Dificuldade todo mundo passa.” Depois de tomarem banho no mesmo São Martinho onde o Padre Júlio serviu o café da manhã, os três aguardam o almoço. Os irmãos ficam brincando entre si e Thiago dá risada de Bruna, que posa para as fotos. “Ela quer ser modelo”, diz, enquanto se esquiva da câmera. E ele? Quer ser presidente, para administrar os “caixas”. “Eu vou dar 50 mil para as mães e 40 mil paras as solteiras, para comprarem uma casa”, fala. No mandato de Thiago, apenas os homens honestos receberão o valor. “Os que mentirem eu não vou dar.”

mulher olha para o horizonte
Raíssa de Carvalho fica em albergues masculinos, porque, por não ter tomado hormônios ainda, não é bem aceita nos locais destinados a mulheres trans (Patricia Monteiro/CLAUDIA)

Mais além

Entender os processos que levam à rua é tarefa complexa e muitas histórias são inimagináveis para quem não vive o dia a dia. “Se você critica, eles restringem você de acessar outros espaços”, diz Raíssa de Carvalho, 33 anos, que desde 2013 entra e sai do sistema de acolhimento da prefeitura, pagando pensão sempre que consegue se estabilizar em um emprego – o que não acontece há mais de um ano. Mulher trans, ela fica em albergues masculinos para evitar bullying, pois ainda não começou a tomar os hormônios e sofre represálias nos espaços destinados à população trans.

“Se você pegar os centros de acolhida, a única novidade é que os de hoje têm tomada pra carregar celular. De resto, é a mesma estrutura desde a década de 1940”

Julio Lancelotti, padre

No mês passado, ela dormiu na rua pela primeira vez, depois de um conflito dentro de um albergue. “Às vezes, a gente ficava cinco dias sem água, os vasos todos entupidos, aquela imundice. Aí começaram a sumir as minhas coisas. A gente já está numa situação dessa, não tem nada e o pouco que a gente tem ainda querem ficar pegando?”, conta. A gota d’água foi quando um funcionário quebrou sua mala e a administração não quis pagar o conserto.

Depois, ficou mais difícil encontrar vagas pela região. “No albergue, são várias pessoas com problemas. A questão do álcool, do desemprego, junta tudo ali. Deveria ser temporário, mas, infelizmente, por causa da desigualdade, se tornou uma solução permanente”, diz Alderon Costa, conselheiro do Comitê Intersetorial da Política Municipal para a População em Situação de Rua (PopRua) e coordenador da ONG Rede Rua, que distribui 1,1 mil refeições por dia na quadra do Sindicato dos Bancários, onde Raíssa costuma almoçar. As marmitas são fornecidas através do programa Rede Cozinha Cidadã, em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos de São Paulo.

mulher olha para a câmera
Daniela Corrêa saiu de casa para fugir de um relacionamento abusivo. Na rua, se sente mais protegida, pois um apoia o outro (Patricia Monteiro/CLAUDIA)

Já Daniela Delfino Corrêa, 29 anos, viu nas ruas a saída de um casamento abusivo, que já durava cinco anos e que o confinamento da pandemia só agravou. Em casa após o fechamento do parque onde trabalha, seu ex-companheiro não só a agredia fisicamente como também a controlava, não deixando ela trabalhar. “Ele dizia que era homem suficiente para me sustentar.”

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Sem celular nem coragem para contatar a família, no interior, Daniela se viu desnorteada e encontrou nas ruas uma nova estrutura familiar. “Morro de medo de albergue. Aqui, eu me sinto mais segura, porque a gente tem quem fique ao redor. Um ajuda o outro”, diz ela que, apesar de nova, é chamada pelos amigos de “mãe.” Foi na calçada que Daniela se apaixonou por Lenormam Manoel, 41 anos. Desempregado desde 2019, ele faz o que pode para manter uma renda na rua, vigiando carros e catando material reciclado.

“Se não tivesse a pandemia, a gente até conseguiria pagar aluguel. Com as lojas abertas, o movimento seria maior, teria mais reciclagem, aumentaria o movimento de carro, surgiriam mais oportunidades de trabalho”, diz Lenormam, que faz de tudo para encontrar um emprego fixo. “Infelizmente, o preconceito e a visão sobre as pessoas que estão na rua é de que é tudo vagabundo, tudo usuário de drogas.”

Daniela faz aniversário em novembro e espera que até lá as coisas estejam melhores. Enquanto isso, juntos eles se fortalecem. “Estar com ele me deixa mais segura, e ele não deixa faltar nada”, diz. Só aos fins de semana, quando o dinheiro acaba, é que eles pegam doações, como último recurso. “Estamos aí, tentando viver a vida, batalhando para sair da rua”, diz Lenormam. “Amanhã é segunda-feira, né?”, ele pergunta e, quase em coro, os dois dizem: “Graças a Deus”.

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