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Deputada britânica é proibida de levar o filho de três meses ao Parlamento

"Ao que parece, as mães de todo o parlamento não devem ser vistas ou ouvidas", disse Stella Creasy, que levou o ocorrido as redes sociais

Por Da Redação
24 nov 2021, 17h55

A deputada britânica Stella Creasy levou uma advertência por levar seu filho de 3 meses à Câmara dos Comuns. Nesta quarta-feira (24), a ação reverberou e gerou novos debates sobre os direitos dos parlamentares que se tornam pais.

Stella foi informada que não poderia comparecer “com uma criança” nas reuniões de trabalho através de um e-mail oficial, compartilhado por ela no Twitter. O texto dizia ainda que a deputada estava indo contra as regras da instituição.

A deputada se surpreendeu com o comunicado, já que essa não foi a primeira vez que estava com seu bebê, que ela ainda amamenta, nas reuniões.

“Aparentemente, o Parlamento escreveu uma regra que significa que não posso levar meu bebê bem comportado de 3 meses dormindo quando falo na câmara. (Ainda não há regra sobre o uso de máscaras)”, escreveu Stella.

“As mães de todo o parlamento não devem ser vistas ou ouvidas, ao que parece”, continuou no post. Em entrevista à BBC, ela falou que fez um pedido de revisão aos representantes do Parlamento sobre a decisão.

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Em setembro deste ano, a parlamentar compareceu à Câmara dos Comuns com seu filho recém-nascido para exigir do presidente da casa, Jacob Rees-Mogg, apoio às mães ao invés de “repreensão” no retorno ao Parlamento, já que elas não possuem uma real licença-maternidade.

Stella Creasy
Campanha “This Mum Votes” (“Esta Mãe Vota”), da deputada Stella Creasy (Twitter/@stellacreasy/Reprodução)

“Não temos direitos trabalhistas, então não temos cobertura de maternidade para poder fazer malabarismos, portanto, precisamos levar o bebê”, respondeu Stella nas redes sociais. A deputada incentiva a participação de mulheres na política através de sua campanha “This Mum Votes” (“Esta Mãe Vota”).

As ministras do Reino Unido têm direito a seis meses de licença-maternidade remunerada e substituição desde fevereiro de 2021. Antes da determinação, elas eram obrigadas a renunciar.

Já as deputadas que não são membros do governo não são substituídas. Em 2019 foi permitido que elas votem por procuração, depois que Tulip Siddiq, parlamentar trabalhista, adiou a cesárea para comparecer a uma votação importante do Brexit em uma cadeira de rodas.

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O vice-primeiro-ministro Dominic Raab disse à BBC: “Devemos garantir que nossa profissão se enquadre ao século 21 e permita que os pais conciliem trabalho e tempo para a família. A decisão final cabe às autoridades da Câmara”. Ele disse ainda que acredita que a presença de um bebê “não a impedia de fazer (o seu) trabalho”.

A deputada Alex Davies-Jones alegou que recebeu uma garantia do presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, de que se precisasse amamentar seu filho no local, poderia fazer.

A maternidade na política é considerado um tema delicado e pouco aceito. Em 2018, a ex-deputada Jo Swinson foi a primeira parlamentar a embalar seu filho durante um debate na Câmara dos Comuns.

No mesmo ano, Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, se tornou a primeira líder mundial a levar seu bebê para a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

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