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Facebook deleta posts racistas e misóginos sobre Kamala Harris

Entre as publicações, havia acusações de que Kamala não seria uma cidadã estadunidense e que também não era "negra o suficiente"

Por Da Redação
16 nov 2020, 17h39
 (Drew Angerer/Getty Images)
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O Facebook derrubou uma série de postagens, memes e comentários de cunho racista, sexual e misógino sobre a vice-presidente dos EUA Kamala Harris. A remoção de conteúdo ocorreu após a BBC News publicar alertas sobre três grupos que postavam regularmente material de ódio em suas páginas. Um deles possuía 4 mil membros, enquanto outro 1200.

A rede social afirmou que deleta 90% do discurso de ódio antes mesmo que ele seja sinalizado, mas que não irá tomar medidas contra os grupos em si, ainda que suas páginas sejam locais onde constantemente sejam publicadas ataques contra Harris.

Veja também: Respondemos as perguntas mais buscadas sobre Kamala Harris no Google

Entre as publicações, havia acusações de que, por causa das origens indianas e jamaicanas de seus pais, Kamala não seria uma cidadã estadunidense. Uma pessoa chegou a escrever que ela deveria ser “deportada para a Índia”. Muitos comentários também zombavam de seu nome, enquanto outros sugeriam que ela não era “negra o suficiente” para o Partido Democrata.

Desde agosto, centenas de companhias pararam de anunciar no Facebook em protesto à falta de ações da plataforma para combater os discursos odiosos. Alguns grupos afirmam que, em certos casos, a rede social chega a promover esse tipo de conteúdo.

A plataforma teria criado “um conjunto de algoritmos que incentiva as pessoas a disseminar ódio”, como disse Rishad Robinson, membro da campanha Stop Hate for Profit a BCC News.

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Para Angelo Carusone, presidente da organização Media Matters, que se dedica a monitorar veículos de comunicação de direita, “a remoção deste conteúdo pelo Facebook somente após ele ser sinalizado pela mídia confirma que as regras e diretrizes estabilizadas por eles são vazias, pois é colocado pouco ou nenhum esforço na detecção e aplicação”.

“Estamos falando sobre as coisas mais fáceis em uma perspectiva de detecção”, Carusone declarou. “E ainda assim, elas escaparam do olhar do Facebook até serem sinalizadas por terceiros.”

Na última semana, Bill Russo, vice-secretário de imprensa de Joe Biden, também se manifestou sobre a ineficácia da rede social em controlar teorias da conspiração, apologia à violência e desinformação nos dias que sucederam as eleições. “Nossa democracia está em jogo”, tuitou Russo. “Precisamos de respostas.”

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O Facebook respondeu afirmando que introduziu novas políticas, entre elas uma que atribui aos administradores de grupos e páginas relacionadas à política a tarefa de verificar se as postagens de seus membros seguem as regras da rede. O não cumprimento dessa tarefa pode levar ao fechamento dos grupos.

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