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Dony de Nuccio divulga carta que explica por que se demitiu da Globo

“Mas, assim como é preciso persistência e suor para crescer, é preciso sabedoria para parar”, diz trecho

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2019, 18h18 - Publicado em 1 ago 2019, 18h15

Dony de Nuccio, que pediu demissão da Rede Globo nesta quinta (1º), publicou uma carta aberta ao diretor de jornalismo da emissora, Ali Kamel. O jornalista se desligou de suas funções após participar de uma ação junto ao banco Bradesco, o que é considerado uma ação inadequada na casa.

No texto, Nuccio diz que desde cedo sonhou em trabalhar com televisão e que procurou se preparar para poder agregar valor à Globo. “Em 2011 abri mão de uma promissora carreira no mercado financeiro para me tornar repórter da emissora”, disse.

+ Como jornalistas da Globo receberam a demissão de Dony de Nuccio

Ele continua afirmando que a decisão representava o começo de uma caminhada. Nuccio disse ainda que teve a oportunidade de participar de diversos telejornais até se tornar editor de economia. Destacou sua passagem pelo Jornal Hoje, em que foi âncora. “Mas, assim como é preciso persistência e suor para crescer, é preciso sabedoria para parar.”

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Ele disse que sofreu uma onde de ataques. Ao final, agradeceu a parceria.

Abaixo, leia o texto na íntegra:

“Desde muito cedo na vida sonhei em trabalhar com televisão, e procurei ao longo de toda minha trajetória me preparar para poder, algum dia, agregar muito valor aos quadros da Globo. Foi pensando nisso que procurei a formação acadêmica mais sólida possível, com jornalismo, economia, extensão internacional e mestrado em economia e finanças.

Em 2011 abri mão de uma promissora carreira no mercado financeiro, para me tornar repórter nos quadros da Globo. Parecia uma decisão difícil, mas não foi: representava o começo de uma nova caminhada, com a qual eu sonhava desde tempos remotos. 

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Dentro da emissora tive a possibilidade de trabalhar nos mais diversos telejornais e funções, e participar de algumas das coberturas mais marcantes da história do nosso país. Fui repórter do Jornal da Globo, do BDSP, SPTV1 e SPTV2. Fui editor de economia e comentarista do Jornal das 10 e do Hora 1. Ajudei a criar e depois apresentar programas como o Conta Corrente e GloboNews Internacional, além de ancorar o próprio J10, participando de análises políticas e econômicas com algumas das maiores referências do ramo no jornalismo brasileiro. Nos últimos dois anos, tive a imensa alegria e desafio de comandar o Jornal Hoje, dividindo bancada com a talentosa, inspiradora e hoje amiga pessoal, Sandra Annenberg. E ainda pude apresentar o Fantástico e o Jornal Nacional em diversas ocasiões. 

Olho no retrovisor com alegria e satisfação por toda essa caminhada, e sou muito grato a você e à Globo pela oportunidade que me deram de bater asas, trabalhar duro e voar alto, ocupando alguns dos mais importantes postos do telejornalismo brasileiro. Fico orgulhoso e feliz com o que pudemos construir e criar juntos. 

Mas, assim como é preciso persistência e suor para crescer, é preciso sabedoria para parar. 

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Nas últimas semanas me vi mergulhado em uma infindável onda de ataques, com a vida dentro e fora da Globo vasculhada e revirada, sigilos fiscais violados, endereços expostos, trabalhos de exclusiva veiculação interna publicados, e até e-mails privados hackeados. 

Quanto mais perto estamos do topo da montanha, mais forte é o vento. E é esperado que seja assim. Mas essa contínua campanha para me destruir e sangrar a qualquer custo não pode prosperar. Não faz bem nem a mim, nem à minha família e nem à emissora. Não é justo com nenhum de nós. 

Por esse motivo, embora com aperto no coração, solicito meu afastamento do telejornalismo. 

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E o faço com o espírito leve e a consciência tranquila, porque jamais ajo de má fé. Jamais tive o intuito de burlar regras ou obter benefício que julgasse incompatível com as funções que ocupava na emissora (isso sim, seria incompatível com a minha história pessoal). Trabalhei, duro e dobrado, para complementar a renda, fora do horário da Globo, e dentro dos limites que ao meu ver eram compatíveis e aceitáveis. Se errei, não foi com dolo, e humildemente peço desculpas. 

Estou convicto de que em cada um dos dias em que aqui estive tratei com respeito e lealdade a todos com quem interagi, independentemente da função ou hierarquia. E sempre enxerguei a todos não como colegas de trabalho, mas como amigos. 

Saio, neste momento, certo também de que em cada um dos dias e anos em que aqui trabalhei, sempre atuei com absoluta paixão e dedicação para levar ao público a notícia da forma mais atraente, correta, completa e interessante possível.

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Mais uma vez, muito obrigado pela parceria, pelas oportunidades e pela confiança.

Construímos uma história incrível.”

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