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A seleção de ouro de CLAUDIA

Finalistas do 21º Prêmio CLAUDIA emocionam a audiência no Prêmio CLAUDIA Talks, em Fortaleza. Prepare-se para os próximos eventos!

Por Tatiana Schibuola
Atualizado em 12 abr 2024, 15h08 - Publicado em 11 ago 2016, 18h42

Se depender de mulheres como elas, o Brasil tem futuro. Com este pensamento, deixamos o auditório da Livraria Cultura, no Shopping Varanda Mall, em Fortaleza, CE. Lá, realizamos o primeiro Prêmio CLAUDIA Talks – uma série de 3 eventos em que as 22 finalistas do Prêmio CLAUDIA 2016 apresentarão seus trabalhos, a partir do tema #ofuturoéextraordinário. Ontem, tivemos a presença de sete finalistas. Embora cada uma atue em uma área distinta, a questão feminina tomou conta do debate.

Brigitte Louchez, finalista pela categoria Trabalho Social, ainda carrega um forte sotaque francês. Mas, vivendo no Brasil desde 1992, entende muito bem as mazelas do Brasil. Especialmente, de Fortaleza, onde fixou residência. “Não podemos fechar os olhos: a pobreza é a origem de grande parte das situações de violação de direitos”, disse. Ela acredita que, mais que reconhecer a situação de crianças e adolescentes carentes, que acabam se prostituindo ou se envolvendo com o tráfico de drogas, é preciso dar a eles uma segunda chance – é o que ela faz na ONG que dirige, a Barraca da Amizade.

Conheça as finalistas, vote e ajude a definir as vencedoras do Prêmio CLAUDIA 2016

A situação das garotas é ainda mais grave, apontou Maria Clara de Sena, integrante do Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura, em Pernambuco e finalista pela categoria Políticas Públicas. Seu trabalho é fiscalizar as condições em presídios, asilos e abrigos. “As meninas infratoras do agreste e do sertão são levadas para a capital, tornando distante e raro o contato com familiares e amigos. A ressocialização fica mais difícil”, constatou. Transexual, vítima da violência das ruas, ela já coleciona algumas vitórias: “Conseguimos pavilhões específicos para que as mulheres trans morem e recebam suas visitas”.

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Ponto de partida para transformar

Neide Santos, fundadora da ONG Vida Corrida, provou que o esporte é um instrumento eficaz para elevar a autoestima das crianças. E de suas mães também. Finalista pela categoria Trabalho Social, ela já atendeu 5 000 crianças. Ela emocionou a plateia ao responder a pergunta de uma das presentes: qual foi o catalisador da mudança em sua vida? “Quando voltei do cemitério. Tinha acabado de enterrar meu filho. Já havia enterrado meu marido. Decidi que queria reescrever a minha história.” Corredora, formou uma rede de profissionais e parceiros, que mantêm o projeto de pé.

Outra tragédia marcou a trajetória da dupla Letícia Camargo Padilha e Samantha Karpe, finalistas na categoria Revelação. “Perdemos dois grandes amigos em um acidente de automóvel”, contaram. Ainda na escola técnica, decidiram trazer este tema à tona ao buscar um projeto de pesquisa com o tema da sustentabilidade. Criaram, juntas, um asfalto mais barato, duradouro e resistente, batizado de Poliway. Foram, muitas vezes, desacreditadas – a área de pavimentos e maquinário é totalmente dominada por homens. Ainda assim, persistiram e foram à Turquia apresentar sua invenção em uma feira de tecnologia.

Tornar as garotas autoconfiantes e capazes também é a luta de Raquel Helen Silva, finalista da categoria revelação. Aos 25 anos, ela é parte do Global Shapers, grupo internacional de jovens ligado ao Fórum Econômico Mundial. Muito aplaudida, ela contou sua história: órfã de pai e mãe, negra, e de uma família de baixa renda, viu-se desafiada a buscar oportunidades, mesmo quando o mundo parecia querer excluí-la. Corajosa, estudou em universidades de ponta mundo afora, e esteve ao lado de algumas das mulheres mais influentes do mundo, como Christine Lagarde e Michelle Obama. E hoje se mobiliza para que outras meninas acreditem em seu potencial.

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Solidariedade em rede

Sócia do Centro de Cidadania das Mulheres, Rozimere Santos Oliveira Souto, finalista na categoria Consultora Natura Inspiradora, entendeu que, enquanto não fossem protagonistas de sua vidas, as mulheres de sua cidade não alcançariam a independência econômica. Ela vive em Pedra Lavrada, interior da Paraíba, onde cuida do planejamento econômico de uma comunidade de agricultores. “Buscamos fazer palestras e rodas de conversas onde falamos de nossas dificuldades e procuramos soluções coletivas para os nossos problemas”, conta. A violência doméstica era um dos mais frequentes.

Outra vítima desse tipo de violência, a grafiteira Panmela Castro, que concorre pela categoria Cultura, contou à plateia que ouvir outras mulheres falar sobre o problema a ajudou a entender que não era culpada pelas agressões que sofria em sua própria casa. Por meio do grafite e do hip hop, encontrou a força para seguir em frente. Hoje usa a arte para dar poder a mais mulheres. “Não só orientei minha pesquisa para a reflexão acerca do gênero, mas também montei programas para estimular uma maior participação das mulheres nas artes. Ela emudece após relatar que, entre 700 artistas catalogados pelo site streetartrio.com, apenas 30 são mulheres. “Mas tenho esperança de que essa situação vai mudar”, concluiu.

O debate teve a participação de convidadas, entre elas, a médica Fátima Dourado, vencedora do Prêmio CLAUDIA na categoria Trabalho Social, em 2014. ;

Acompanhe o próximo debate, em 30/08, às 10h30, pelo facebook de CLAUDIA ou presencialmente, em Brasília (DF), na livraria Cultura do Shopping Iguatemi. E aproveite para escolher sua candidata e votar no site www.premioclaudia.com.br

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