3 passos para driblar a ansiedade
Em vez de se deixar imobilizar, identifique e enfrente os novos estopins da ansiedade que transformam a vida numa panela de pressão prestes a explodir
Caso sua mente se disperse, volte ao foco.
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Ser autêntica
Olhar para si mesma e decidir o que realmente importa na sua vida. Desligar-se do corpo da top model, da carreira de sucesso da amiga, dos blogs que não teve tempo de visitar. Para entrar em contato com sua essência e descobrir o que faz você ser única, autêntica, fique um momento em silêncio, ensina a psicoterapeuta Isabel Labate. Só parando é que você perceberá por que está perdida. E tem a chance de desacelerar. Ao parar, você cria respostas mais adequadas às situações, ensina Regina Frave.
Agir hoje e já
Quando você tem milhares de missões (aquela lista de tem quês), procure não focar na dificuldade que será dar conta de tudo. Comece a agir. Quando vivemos o presente, não pensamos nas aflições e mágoas do passado e minimizamos a ansiedade pelo que vai acontecer no futuro, diz Márcia De Luca, autora do livro Ayurveda A Cultura de Bem-Viver (Editora de Cultura). Como fazer isso? Focando em uma atividade de cada vez. Quando escovar os dentes, simplesmente escove os dentes; quando lavar louça, simplesmente lave a louça. Caso a mente se disperse, devolva o foco para aquela ação. É um treino. E como fica o futuro? Márcia sugere fazer uma lista de metas, com detalhes, escrevendo todas as ações como se já tivessem acontecido e acreditando que isso seja possível. Depois, desligue-se dela e volte ao que deve fazer já. Se não vivermos o presente, a vida deixará de ser uma aventura e será apenas uma necessidade obsessiva de chegar a algum lugar ou fazer algo, diz o conselheiro espiritual Eckhart Tolle, no livro O Poder do Agora (Sextante).
Descontrole do bem
Descentralizar sua vida e permitir que o marido, a babá, a colega do trabalho a substituam aqui e ali ajuda a descarregar o peso. Achar que tem o controle da situação é ilusão, avisa Bernard Rangé, professor de psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O controlador fica em vigilância, gasta energia e pode cair em exaustão. Não se trata de jogar tudo para o alto. Pense em uma viagem. Você compra passagem, reserva hotel, organiza passeios. No meio dela, po rém, pode ficar doente. O desafio é exercitar a flexibilidade para acomodar imprevistos.