O retorno do brilho como peça chave no street style

Desde os desfiles de Inverno 15/16, vimos nas passarelas das principais capitais de moda o retorno da opulência, quando a Europa mostrou sinais de que se recuperaria de uma forte crise financeira. Na época as passarelas foram dominadas por silhuetas Vitorianas em materiais pesados como jacquards e brocados, sempre com fios metálicos ou base dourada envelhecida. Vimos também o início da volta do veludo molhado – hoje já altamente comercial do luxo ao fast fashion -, do lurex, lamê e de todo material que tivesse uma característica em comum: o brilho. Fosse em temas retro-futuristas, como o desfile da Louis Vuitton, na inspiração opulenta da Era Vitoriana ou até mesmo no toque urbano noventista que apareceu nas coleções de Alexander Wang e Haider Ackermann, uma das grandes tendências a marcar a temporada de inverno, foi, com certeza, o brilho.

Materiais metálicos e brilhantes não são novidade na moda, nem nunca desapareceram completamente. Porém, durante o longo período onde o normcore era a regra no street style, o “brilho”, quando aparecia, ficou reservado para a noite, e o minimalismo prevalecia as escolhas do mundo da moda. Após tal temporada, passamos a ver o minimalismo perder um pouco de unanimidade e dar espaço para a exuberância em roupas mais trabalhadas. E, uma vez que a tendência se repetiu nas coleções seguintes de verão e novamente no inverno, com a volta dos 80, o brilho se tornou o novo material chave no street style – seja para o dia ou para a noite, em moletons ou saias plissadas e os bem sucedidos sapatos metalizados, que atualmente dominam as ruas!